Uma comissão de investigação do Congresso argentino concluiu, nesta terça-feira (18), que a promoção da criptomoeda $LIBRA pelo presidente Javier Milei poderia configurar fraude. O caso, ocorrido em fevereiro deste ano, resultou em prejuízos milionários a investidores.
Investigação Parlamentar
De acordo com o relatório divulgado pela comissão da Câmara dos Deputados, presidida pela oposição a Milei, os fatos analisados seriam “compatíveis com uma suposta fraude”. O documento também atribui a Milei e sua irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, a “responsabilidade política” pelo caso.
O relatório foi submetido ao Congresso argentino para avaliação sobre a possível ocorrência de “má conduta” por parte do presidente no exercício de suas funções.
Relembrando o Caso
Em fevereiro, Javier Milei divulgou o projeto da criptomoeda $LIBRA em sua conta na rede social X, posteriormente retratando-se. A moeda, de origem desconhecida, experimentou uma rápida valorização seguida de uma queda abrupta, gerando perdas significativas para investidores argentinos e estrangeiros.
O presidente Milei afirmou ter apenas divulgado a criptomoeda, sem promovê-la ativamente. “Sou um otimista tecnológico fanático e quero que a Argentina se torne um polo de tecnologia”, declarou após o escândalo. “Por querer ajudar um argentino, levei uma bofetada.”.
Dezenas de denúncias foram registradas contra Milei e os envolvidos no projeto, incluindo algumas nos Estados Unidos. As investigações estão sendo conduzidas por uma juíza e um promotor responsáveis por centralizar as denúncias.
A comissão parlamentar informou ter encaminhado suas conclusões à Justiça. O futuro do processo parlamentar é incerto, especialmente a partir de 10 de dezembro, quando novos legisladores assumirão seus cargos, mudando a composição do Congresso e potencialmente diminuindo o apoio à continuidade da investigação. Os deputados não puderam interrogar o presidente nem sua irmã, que não compareceram quando convocados.
*Esta reportagem está em atualização.








