Li Martins contou como tem sido sua vida após a morte do marido, o apresentador JP Mantovani, que morreu em um acidente de moto na Marginal Pinheiros, em São Paulo, no mês passado. A cantora abriu o coração em entrevista ao podcast PodDelas, explicando como tenta se reorganizar emocionalmente e retomar os compromissos após a perda.
“Eu percebi, que durante todos esses anos, quantos lutos eu não vivi. Eu deixei tudo atropelar. Agora, o baque é justamente isso. Estou colhendo o que eu plantei lá atrás. Tô sendo obrigada a olhar para muitos vazios. É tudo junto e ao mesmo tempo”, disse Li no bate-papo. Um mês após a tragédia, Li logo contou que o período tem sido de descobertas, especialmente por causa da filha, Antonella Mantovani.
Segundo ela, a menina começa a compreender o que aconteceu. “Ela falou que queria fazer alguma coisa, que estava entediada. Eu levei ela para a pracinha e fiquei lendo um livro. Ela me chamou pra jogar bola, ficamos descalças em uma sombra debaixo de uma árvore”.
“Ficamos jogando bola, uma hora foi longe, ela buscou. Cansei e ela disse: ‘hoje é o melhor dia da minha vida’. E eu pensei: é sobre isso. É sobre estar ali, olhando no olho, sentindo a presença”, revelou, em síntese.
Li Martins tem enfrentado o luto
A cantora então contou que buscou ajuda profissional para lidar com o luto e também orientar a filha nesse processo: “Eu tinha muito receio. Pensava como eu ia contar. Eu estava com acompanhamento profissional há um mês, por culpa da minha carreira. Na minha cabeça, veio esse amigo do meu marido [o terapeuta com quem ela está em tratamento], liguei e ele me explicou que a melhor coisa era deixar fluir”.
“Ele me ajudou a conduzir de uma forma muito leve. Ela fez um tsuru [um origami em formato de pássaro] e escreveu: amor, de Antonella e colocou uma data. Na hora, a luz apagou. Foi um sinal: é assim que tem que ser”, contou.
Li explicou que Antonella tem demonstrado saudade do pai de forma natural. “Ela pede vídeos, entra no carro e pede músicas. Ela tem saudade, mas não no lugar de dor e pesar. Tem memórias boas do que viveu com o pai. É ela quem me dá força e coragem”, afirmou, por fim.
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