Na tarde dessa terça-feira, alguns senadores se revezaram na tribuna para defender o parlamentar. Kátia Abreu (PDT-TO) criticou a condenação e disse que a Justiça tem a “rotina” de “castigar o mandato parlamentar”.
De acordo ela, a decretação da prisão em regime fechado ocorreu sem a publicação dos acórdãos da decisão.
“O senador nunca praticou um ato desonroso nesta Casa, nunca agrediu nenhum dos seus colegas. Ele é tido nesta Casa como uma das pessoas referência, em termos de caráter e de princípio. E subo a esta tribuna quantas vezes necessárias forem para defendê-lo. Não tenho obrigação com a porcaria, não tenho obrigação com a ladroagem, não tenho obrigação com a corrupção, mesmo praticada por um querido amigo. Mas o senador, além de ser um querido amigo, é um querido amigo honesto e honrado, e nós não podemos aceitar silenciosos essa pena que ele recebeu”, disse.
Revisão
“Eu peço ao Supremo Tribunal Federal, que nunca nos falhou, que nunca tem falhado conosco, que possa fazer essa revisão nesse caso, revisar essa pena monstruosa para um réu primário de boa índole e boa condução, um avalista de uma operação com pena máxima, que está fazendo falta a Rondônia, fazendo falta a este Plenário”, afirmou a senadora.
“Não vejo crime”
O senador Roberto Requião (MDB-PR) lembrou que o processo é antigo e falou em “briga institucional” entre o Legislativo e o Judiciário.
“Ora, de repente resolvem que o fato de terem usado não um chassi novo, mas um chassi reaproveitado consistiria num crime contra o Sistema Financeiro Nacional […]. E eu não vejo crime algum em reconstruir um ônibus novo em cima de um chassi usado. É mais essa briga institucional de o Supremo Tribunal querer se sobrepor ao Senado, ‘todo político é um pilantra’. Com toda sinceridade, pilantragem foi a prisão do Acir”, afirmou.