Juros bancários atingem o maior patamar em 8 anos, pressionados pela Selic elevada. Impacto no bolso do consumidor e empresas
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu 0,6 ponto percentual em novembro, fechando o mês em 46,7% ao ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC).
Este é o maior patamar desde abril de 2017, quando a taxa estava em 48,3% ao ano. Na parcial de 2023, a taxa média de juros dos bancos já avançou seis pontos percentuais. O cálculo exclui os setores habitacional, rural e o BNDES, considerando apenas recursos livres.
Houve um recuo na taxa de juros para empresas, passando de 25,1% ao ano em outubro para 24,5% ao ano em novembro. No entanto, os juros para pessoas físicas aumentaram de 58,5% ao ano para 59,4% ao ano, o maior nível desde agosto de 2017 (62,3% ao ano).
O aumento dos juros bancários ocorre em um cenário de taxa Selic elevada, fixada pelo Banco Central em 15% ao ano em dezembro, o maior patamar em quase 20 anos, na tentativa de conter a inflação.
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 139,1% ao ano em outubro para 141,7% ao ano em novembro. Já a taxa do cartão de crédito rotativo avançou de 439,8% ao ano para 440,5% ao ano, permanecendo em um patamar considerado proibitivo, acima de 400% ao ano, sendo a linha de crédito mais cara do mercado.
Apesar da limitação imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro de 2024, que impede que a dívida total no cartão de crédito rotativo exceda 100% da dívida original, o custo do IOF não está incluído nesse cálculo. Analistas recomendam evitar o crédito rotativo do cartão e pagar o valor total da fatura mensalmente.
Com informações do G1










