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28 de novembro de 2025

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Juros bancários atingem máxima de 8 anos e inadimplência sobe

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A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu 0,8 ponto percentual em outubro, alcançando 46,3% ao ano, o maior patamar desde julho de 2017 (46,5% ao ano). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central (BC).

Juros por tipo de operação

O cálculo exclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A taxa de juros para empresas aumentou de 24,2% ao ano em setembro para 25,2% ao ano em outubro, o maior nível desde julho de 2017 (25,4% ao ano). Para pessoas físicas, a alta foi de 58,3% para 58,7% ao ano, a maior taxa desde junho deste ano (59% ao ano).

O aumento ocorre em um cenário de taxa básica da economia (Selic) elevada, fixada pelo BC para conter a inflação. Em novembro, a Selic foi mantida em 15% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. Paralelamente, a taxa total de inadimplência atingiu um recorde, o maior valor desde o início da série histórica do Banco Central em março de 2011.

Cheque especial e cartão de crédito

A taxa do cheque especial para pessoas físicas caiu de 140,7% ao ano em setembro para 139,3% ao ano em outubro, uma redução de 1,4 ponto percentual. No cartão de crédito rotativo, a taxa recuou de 443,7% para 439,8% ao ano, uma queda de 3,9 pontos percentuais.

Apesar da queda, a taxa do cartão de crédito permanece alta, acima de 400% ao ano, sendo a linha de crédito mais cara do mercado. O Conselho Monetário Nacional (CMN) limitou, desde janeiro de 2024, o valor total da dívida no cartão de crédito rotativo em 100% da dívida original, excluindo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Analistas recomendam evitar o uso do crédito rotativo e pagar o valor total da fatura mensalmente.

Crédito bancário e inadimplência

O volume total do crédito bancário em mercado subiu 0,9% em outubro, atingindo R$ 6,9 trilhões. Houve aumento de 0,3% no crédito às empresas (R$ 2,6 trilhões) e de 1,3% no crédito às pessoas físicas (R$ 4,3 trilhões). O crédito livre às famílias cresceu 1,6% em outubro e 12,8% em doze meses, com destaque para cartão de crédito (+2,2%), crédito pessoal não consignado (+2,1%), crédito consignado para trabalhadores do setor privado (+9,6%) e financiamento para aquisição de veículos (+1,4%).

A taxa de inadimplência média total atingiu 4% ao ano em outubro, um aumento em relação aos 3,9% de setembro. Este é o maior valor da série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2011. A inadimplência no crédito às pessoas físicas subiu de 4,8% para 4,9% em outubro, o maior valor desde fevereiro de 2013 (5%). A inadimplência das empresas ficou estável em 2,5%, o maior nível desde agosto deste ano (2,6%).

O Banco Central informou que, no caso das famílias, os ativos problemáticos e a inadimplência continuam em alta, principalmente no crédito rural. O endividamento das famílias atingiu 49,1% da renda acumulada nos doze meses até setembro, o maior valor desde novembro de 2022. O BC acrescenta que o comprometimento da renda está elevado e em trajetória ascendente, impactado pelas taxas de juros e pelo aumento da participação de modalidades de crédito mais caras.