Se quase todos os meses levam uma cor, como símbolo de uma importante luta, não seria diferente com o mês de junho, quando os estoques nos bancos de sangue estão em baixa. Assim, a cor não poderia ser outra. O Junho é vermelho. E, diferente dos outros meses, é um pedido para que as pessoas não olhem diretamente para si, mas para o outro.
Com a queda nas temperaturas no inverno, muita gente acaba adoecendo, outras pessoas estão muito ocupadas com provas do semestre, e tem aqueles que viajam de férias: o efeito de tudo isso nos hospitais de todo o Brasil pode custar vidas, porque muita gente deixa de doar e pacientes deixam de receber a transfusão por falta de estoque.
Processo

Cada bolsa coletada passa por processamentos que separam os componentes do sangue: hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado (fonte concentrada de proteínas plasmáticas insolúveis à baixa temperatura). Os hospitais cumprem protocolos para essas demandas, pois os componentes têm prazo de validade diferentes, de acordo com a solução preservadora utilizada. As plaquetas, por exemplo, têm validade de 5 dias, já as hemácias podem ter validade de até 42 dias.
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, mas para os menores de 18 anos é necessário o consentimento e a presença dos responsáveis e, entre os de 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso ter peso mínimo de 51 quilos e estar bem de saúde. A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem, com intervalo entre as doações de no mínimo 60 dias; e de três para as mulheres, com intervalo entre as doações de no mínimo 90 dias.