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24 de dezembro de 2025

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Jogo de empurra no Hospital de Campanha de Águas Lindas, prestes a fechar e deixar médicos e população na mão

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O fim das atividades do Hospital de Campanha de Águas Lindas, inaugurado no dia 5 de junho deste ano, está se tornando um drama não apenas para as pessoas que ainda temem a pandemia do Covid19 e vão perder pelo menos 30 leitos de UTI e 70 de enfermaria no entorno do Distrito Federal. Os médicos que estavam trabalhando dia e noite na unidade até a presente data, estão assustados com a possibilidade de um calote. Situação essa que está cada vez mais evidente para os profissionais de saúde que entraram em contato com o site.

O pagamento dos honorários, que seria encaminhado pelo Governo, deveria ser feito até o dia 10 de outubro. Segundo alguns médicos, enfermeiros já receberam seus vencimentos ainda na semana passada (como de praxe quando o dia do pagamento cai no final da semana). Os médicos, no entanto, no dia 14, ainda estão sem ver a cor do dinheiro.

De acordo com os médicos, os representantes da diretoria das empresas que fazem a gestão do Hospital da Campanha (Agir e Bone, de Goiás) informaram que fariam uma reunião ainda ontem, terça-feira, com a alegação de que dariam um retorno ao corpo médico do Hospital de Campanha. “Seria uma reunião para quê? O dia do pagamento já passou. Eles precisam apenas pagar os nossos plantões, não há nada a ser definido sobre isso”, disse um médico, que não quis se identificar.

A reportagem tentou de todo jeito descobrir a empresa realmente responsável por fazer os pagamentos dos médicos. A própria assessora de comunicação da Agir – Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (empresa localizada na Av. Olinda com Av. PL3, Qd. H4 Lt 1,2,3 Ed. Lozandes Corporate Design, Torre Business, 20° Andar Parque Lozandes, Goiânia), questionada pelo site sobre qual seria a empresa responsável pelo pagamento, informou que teria que fazer uma reunião com a diretoria para fornecer essa informação – que obviamente deveria ser transparente. (Confira no vídeo abaixo reportagem da Globo que já mostrava, no mês passado, irregularidades no hospital)

 

Transparente de verdade, até mesmo porque nos extratos bancários dos médicos que trabalham ainda no Hospital de Campanha aparece nas transferências o nome da empresa Bone, cujo advogado, Vitor Galdino entrou em contato com a reportagem. O advogado informou apenas que foi emitida a nota fiscal dos serviços prestados para a Agir (e até o fechamento desta matéria não foi capaz de afirmar a data da emissão e da apresentação da nota para a Agir), e até agora o dinheiro não havia sido transferido. Inicialmente, o advogado afirmou que isso não teria ocorrido porque o governo não teria feito o repasse. Questionado pela reportagem se haviam se informado se o governo havia feito o repasse, disse que não haviam feito isso.

O advogado ainda afirmou que estava entrando em contato diariamente com o financeiro da Agir, mas disse que não sabia o nome das pessoas com quem tratava lá.

Ninguém na Bone soube explicar o motivo de uma Clínica de Ortopedia do MT aparecer no app de gestão dos médicos do HCAMP

Em parceria com a Agir e a Bone, aparece uma terceira empresa que aparentemente está ligada à gestão dos médicos e seus pagamentos, que é uma clínica de ortopedia do Mato Grosso, chamada Clínica Curat. O nome da clínica aparece no aplicativo de gestão dos médicos, onde eles podem ver seus plantões e os valores que serão recebidos pelo mês de trabalho. A reportagem questionou o motivo da presença do nome da Curat no aplicativo e recebeu respostas evasivas como “a empresa também é do grupo”. Questionada sobre o papel da empresa, pessoas da Bone não souberam informar, reiterando apenas que se trata de uma empresa do grupo.

Atualização:

Questionado sobre a data da emissão da nota dos serviços prestados em setembro pela Bone, a ser apresentada à Agir, o advogado Vitor Galdino simplesmente apresentou um trecho do que ele afirma ser o contrato de trabalho que teria sido assinado pelos médicos que trabalham no HCAMP de Águas Lindas. O trecho diz o seguinte: “”CLÁUSULA SÉTIMA – DO PAGAMENTO. Na ausência de condição mais benéfica para a CONTRATANTE, o pagamento dos serviços prestados será efetuado mensalmente, com o prazo de até 30 (trinta) dias após a apresentação, pela CONTRATADA, da Nota Fiscal contendo a discriminação dos serviços prestados no mês anterior, devidamente atestada pelo setor competente da CONTRATANTE, bem como a apresentação do relatório das atividades executadas.”

O advogado arremata com a afirmação: “Portanto, dentro do prazo para pagemento”, disse, sem ao menos informar a data da emissão da nota, a qual refere a cláusula citada. Apesar de todos os questionamentos do site para falar com a pessoa que realmente cuida do financeiro, a Bone insiste em manter como interlocutor o advogado que não tem as informações necessárias e afirma sequer saber o nome das pessoas do setor financeiro da Agir, a empresa que deveria ter feito os pagamentos em questão.

A reportagem entrou em contato com a Agir, e o único retorno que teve foi da assessoria de comunicação, que se negou a fornecer informações básicas, como a empresa responsável pelos pagamentos diretos aos médicos. Também entrou em contato com a Bone, e recebeu o contato do advogado Vitor Galdino, de quem a reportagem ainda aguarda informações.

 

Leia aqui a nota oficial da OS Agir sobre o atraso dos honorários dos médicos do HCamp Águas Lindas

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