Ji-Paraná: Servidores da prefeitura recebem treinamento sobre gravidez molar

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Ji-Paraná: Servidores da prefeitura recebem treinamento sobre gravidez molar

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Enfermeiros, técnicos e médicos que atuam nas unidades básicas de saúde de Ji-Paraná, estão recebendo treinamentos da Agência de Vigilância em Saúde do Governo de Rondônia, sobre doença trofoblástica gestacional, ou gravidez molar.

A psicóloga e coordenadora de Vigilância do Câncer do Estado de Rondônia, Rose Brito, está visitando os municípios para orientar sobre identificação e encaminhamento para tratamento especializado as mulheres que têm a doença.

Os municípios devem encaminhar essas pacientes para o Centro de Neoplasia Trofoblástica Gestacional de Rondônia (Centrogesta), no Hospital de Base em Porto Velho. Todos os meses o Centro atende no HB cerca de oito casos da doença.

“A maior parte das pessoas acredita que a Mola é uma coisa simples, mas não é. A Mola é a formação inadequada do feto, que pode gerar um aborto. Se não for retirado completamente, pode evoluir para um câncer. Nossa visita é para orientar os profissionais de saúde”, explicou Rose Brito.

O primeiro passo é saber se o aborto foi provocado pela doença. Se os exames comprovarem, é necessário realizar o procedimento cirúrgico de aspiração uterina a vácuo no Centrogesta.

Segundo a coordenadora do Programa Estratégia Saúde da Família, Marlene Alencar, o treinamento tem ajudado a entender o processo de identificação e encaminhamento: “Quando nossas equipes – que acompanham as grávidas no pré-natal – identificam esse tipo de gravidez, onde há a falência do desenvolvimento do feto, encaminha a mulher para Porto Velho, por meio do transporte do hospital municipal. Nós não precisamos agendar esse procedimento cirúrgico, apenas encaminhar, pois o atendimento é imediato”.

Vestígio

Depois que a mulher faz o procedimento, ela deve ser acompanhada pelo Centrogesta durante dois anos até que não haja mais vestígio da Mola circulando no corpo dela. É oferecido em Porto Velho atendimento médico e psicológico.

A preocupação é com as mulheres que sofrem abortos espontâneos ou clandestinos e não procuram os serviços de saúde do município como a unidade básica de saúde ou hospital municipal.

“Isso é muito sério. A mulher precisa saber que se sofrer o aborto, isso poderia ser a doença. Como o aborto geralmente acontece no começo da gravidez, a mulher não consegue identificar se era um feto ou Mola. Caso isso aconteça, procure nossos serviços para que possamos solicitar o exame e acompanhar. Sendo mola, pode desenvolver problemas futuros. Fazendo o tratamento, ela fica livre para uma próxima gravidez”, explicou a coordenadora do Programa Estratégia Saúde da Família.