Na semana passada, Jailton Delogo publicou vários vídeos chamando atenção para as dificuldades enfrentadas em Candeias do Jamari.
Ele mostrou que – sem dúvida nenhuma – um dos maiores desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência naquele município, são as calçadas irregulares, ausência de rampas, bueiros abertos e a inexistência de piso tátil, que obrigam cadeirantes e pessoas com deficiência visual a correrem riscos diariamente.
Muitas vezes, a única opção é circular pelas ruas, disputando os espaços com veículos, já que as calçadas não oferecem condições mínimas de uso.
Infelizmente, os obstáculos se estendem aos imóveis dos órgãos públicos e empresas privadas, que ainda não cumprem as normas de acessibilidade, dificultando o atendimento e restringindo o direito de ir e vir de quem mais precisa.
A situação de Candeias do Jamari expõe um problema estrutural e recorrente em muitas cidades brasileiras: a falta de políticas públicas eficazes voltadas à acessibilidade.
Apesar de leis e normas federais que garantem esses direitos, na prática a mobilidade urbana continua sendo um desafio diário para milhares de cidadãos.
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O quadro “Momento da Inclusão” sempre mostra novidades para as pessoas com deficiência e, no último dia 14, trouxe depoimentos que revelaram descaso e indignação.
Neudes Carvalho, cadeirante, moradora de Candeias do Jamari, externou o desejo simples de viver com dignidade: “Eu quero apenas poder ter uma vida natural. A minha intenção é só poder ir e vir no meu município”.
Já Joelma Lima, também moradora de Candeias, relatou que há anos cobra providências das autoridades, mas sem obter resultados práticos. “Já busquei ajuda com vereadores, até mesmo com o prefeito, mas nada foi feito até agora. Entra prefeito, sai prefeito, e a pessoa com deficiência vai sempre ficando para depois. Não é falta de procurar, porque não sou só eu, existem outros cadeirantes e pessoas com diferentes deficiências que também lutam por melhorias. Porque esses direitos não podem esperar”, completou.
O ativista Jailton Delogo, que tem defendido esta bandeira , comentou que o objetivo não é confrontar as autoridades, mas conscientizar a sociedade sobre a urgência do tema. “A pessoa com deficiência necessita de piso tátil, de calçadas adequadas e rampas para poder ter acesso aos locais de trabalho. O intuito não é criar um clima de revanchismo com a cidade, mas sim, conscientizar para que todos tenham seus direitos respeitados”, declarou.
O prefeito Lindomar Garçom, naquela oportunidade, informou aos telespectadores da TV Rondônia que a gestão tem buscado melhorar a situação e que as obras em andamento contemplam as pessoas com deficiência. As intervenções que foram iniciadas já estão sendo planejadas para atender também a esse segmento, garantindo acessibilidade e inclusão nos espaços públicos de Candeias do Jamari.
Organizações e moradores pedem que as autoridades municipais tratem a questão como prioridade, garantindo que pessoas com deficiência possam se locomover com segurança e autonomia. Afinal, acessibilidade não é favor, é um direito fundamental.
