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09 de novembro de 2025

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Itaú propõe acordo a demitidos após avaliação no home office

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Após mediação com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), o Itaú Unibanco apresentou uma proposta de acordo para compensar os trabalhadores afetados pela demissão em massa ocorrida em setembro. A proposta, divulgada pelo Sindicato dos Bancários, prevê o pagamento de até 10 salários adicionais, além de um valor fixo de R$ 9 mil, 13ª cesta de alimentação e a manutenção das condições atuais para quem possui financiamento imobiliário com o banco.

Detalhes da Proposta

O acordo estabelece critérios diferenciados conforme o tempo de serviço do empregado:

  • Até 23 meses de empresa: 4 salários + R$ 9 mil + 13ª cesta de alimentação.
  • A partir de 24 meses: 6 salários + ½ salário por ano trabalhado (limitado a 10 salários) + R$ 9 mil + 13ª cesta de alimentação.

Em ambos os casos, os demitidos que possuem financiamento imobiliário terão suas condições mantidas.

A adesão ao acordo será individual, com quitação total do contrato de trabalho e um prazo de até seis meses para assinatura. O sindicato ressalta que as demissões ocorreram sem comunicação prévia e que muitos trabalhadores desconheciam os critérios de monitoramento utilizados pelo banco. A entidade também denuncia que o processo foi conduzido sem diálogo, expondo os empregados de forma “vexatória”.

Desde então, o sindicato promoveu reuniões com o Itaú, buscou intermediação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e, diante da resistência, recorreu ao TRT, onde audiências foram realizadas nos dias 1º, 3 e 6 de outubro. Protestos e paralisações em unidades do banco também foram realizados, juntamente com plenárias para discutir o futuro do home office e a privacidade no monitoramento.

“Após um mês da demissão em massa promovida pelo Itaú, conquistamos uma proposta que avaliamos como positiva para os bancários demitidos, que será avaliada em assembleia. Ainda assim, reafirmamos nossa indignação com a forma como tudo foi conduzido”, afirmou Neiva Ribeiro, presidente do sindicato e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Valeska Pincovai, diretora-executiva do sindicato e coordenadora da COE Itaú, destacou o compromisso do banco em reavaliar casos específicos, como gestantes e trabalhadores adoecidos: “Queríamos a reintegração, não conseguimos, mas os trabalhadores terão reconhecimento e compensações pelo que aconteceu.”

A proposta será analisada pelos trabalhadores demitidos em assembleia híbrida nesta quinta-feira (9).

Em nota, o Itaú informou que mantém um “diálogo permanente e estruturado” com as entidades sindicais e que a mediação do TRT-2 contribuiu para o entendimento entre as partes. O banco afirmou que os termos do acordo estão sob segredo de Justiça até a data da assembleia e reiterou que os desligamentos de setembro não configuram demissão em massa, mas sim demissões plúrimas, realizadas individualmente, “sem objetivo de redução de quadro” e “em conformidade com a legislação e políticas internas”.

Em setembro, o Itaú demitiu cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto, conforme o Sindicato dos Bancários. A medida foi tomada após a avaliação da produtividade dos colaboradores no home office. O banco alegou que foram identificados padrões incompatíveis com seus princípios de confiança, relacionados ao registro de jornada e atividades nas plataformas corporativas.