País diz ter sido alvo no domingo (11) de um ato de ‘terrorismo antinuclear’ na planta de Natanz e prometeu ‘vingança’. Irã tinha inaugurado novas centrífugas no complexo no sábado (10). Instalação de enriqucimento de urânio de Natanz, a 250 km de Terrã, em imagem de arquivo de 2005
Reuters/Raheb Homavandi/File Photo
O Irã acusou Israel nesta segunda-feira (12), de estar por trás do ataque contra sua planta de enriquecimento de urânio em Natanz e prometeu “vingança”.
O país, que classificou o ataque de domingo (11) como “terrorista”, deu a entender que centrífugas da instalação nuclear foram danificadas.
Ontem, a Organização de Energia Atômica Iraniana (AIEA) anunciou que a planta de enriquecimento de urânio sofreu um apagão, mas que o ato de “terrorismo antinuclear” não deixou vítimas nem contaminação.
O incidente ocorreu um dia após o Irã acionar novas centrífugas no complexo Chahid-Ahmadi-Rochan de Natanz, apesar de a ampliação da capacidade nuclear estar proibida pelo acordo nuclear.
“Com esta ação, o regime sionista obviamente tentou se vingar do povo iraniano pela paciência e sabedoria que demonstrou em relação ao levantamento das sanções”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Said Khatibzadeh, em um entrevista coletiva em Teerã.
Khatibzadeh acusou indiretamente Israel de sabotar as discussões em andamento em Viena. O Irã está negociando com potências mundiais o retorno ao acordo nuclear de 2015, do qual os Estados Unidos saíram em 2018.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que ainda é “muito cedo” para determinar os danos materiais causados pelo ataque. “É preciso inspecionar cada centrífuga para ter um balanço dos danos”.
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