Teerã afirma que ações de Washington e Tel Aviv “implodiram” a diplomacia nuclear, em resposta a apelos por diálogo.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, criticou veementemente os Estados Unidos e Israel, acusando-os de “fazer explodir” a diplomacia em torno do programa nuclear iraniano. As declarações surgiram em resposta a apelos da União Europeia e do Reino Unido para a retomada do diálogo.
Ataques e acusações iranianas
Araghchi afirmou que, enquanto negociavam com os EUA, “Israel decidiu fazer explodir essa diplomacia”. Posteriormente, em diálogo com países da União Europeia, “os Estados Unidos decidiram, por sua vez, reverter esta diplomacia”.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediram que “todas as partes” deem “um passo atrás” e retornem à mesa de negociações para evitar uma nova escalada. Isso ocorreu após um bombardeio dos EUA contra instalações nucleares iranianas.
Em resposta, Araghchi questionou: “Que conclusões se podem tirar disto?”. Ele acrescentou: “Como poderia o Irão voltar a algo que nunca abandonou, e muito menos destruiu?”.
O ataque dos EUA
O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou o ataque de forças dos Estados Unidos a três centros nucleares no Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. A ação, segundo Trump, visava impedir o avanço do programa nuclear do país.
A ofensiva militar, que começou em 13 de junho com ataques de Israel, alegadamente busca conter o desenvolvimento de armas nucleares iranianas. Os ataques, portanto, devastaram infraestruturas militares e nucleares do Irã. Em retaliação, o Irã tem lançado mísseis contra cidades israelitas, como Tel Aviv e Jerusalém, e instalações militares.
Com informações da Lusa