21 de novembro de 2024

Internação de criança por vírus respiratório sobe em parte do Norte

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Fiocruz detecta alta de casos no Amapá, Roraima e Pará

Nas últimas seis semanas, os estados do Amapá, Roraima e Pará, na região Norte, registraram um aumento nas internações de crianças pequenas devido a vírus respiratórios. Essa informação é do Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), destacados no boletim divulgado na quinta-feira (18), são causados principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. O VSR afeta frequentemente bebês nos primeiros meses de vida, causando bronquiolite, uma doença que inicia com febre e tosse, mas pode evoluir para cansaço e insuficiência respiratória.

O boletim também aponta que, na região Sudeste, exceto no Rio de Janeiro, houve um aumento nas internações por infecções causadas por vírus como influenza, VSR e rinovírus nas últimas seis semanas.

No entanto, o estudo mostra que, de maneira geral, há uma tendência de queda nos casos de SRAG em todo o país. Os dados analisados são até a semana epidemiológica 28, de 7 de junho a 13 de julho.

Segundo a Fiocruz, a covid-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, continua circulando em níveis baixos, mas ainda é a principal causa de internação por SRAG entre idosos e a segunda maior causa de mortes. O boletim indica um leve aumento na atividade da covid-19 em alguns estados do Norte e Nordeste, como Ceará, Piauí e Amazonas.

A Fiocruz ressalta a importância da vacinação contra a covid-19 e influenza para todas as pessoas elegíveis.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o VSR foi responsável por 38,8% das internações por SRAG, seguido pelo Influenza A (21,5%), covid-19 (8,7%) e Influenza B (1%). Em relação às mortes, a principal causa foi o Influenza A, com 40,7% dos casos, seguido pelo Sars-CoV-2 (26,2%).

Em 2024, o Brasil registrou 97.469 casos de SRAG, sendo que 47.401 (48,6%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, com o VSR sendo o maior causador, representando 45% das notificações. Cerca de 7,6 mil casos ainda aguardam resultado laboratorial.

Quanto às mortes por SRAG, foram registrados 5.982 óbitos, com 3.243 (54,2%) resultados positivos para algum vírus respiratório. A covid-19 é o maior causador de óbitos, representando 55% dos casos.