Informação é com a gente!

14 de outubro de 2025

Informação é com a gente!

14 de outubro de 2025

Instagram completa 15 anos: veja sete pontos em que plataforma revolucionou a informação

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

Por Kenneth Corrêa

O Instagram chega aos seus 15 anos como uma das redes sociais mais influentes do planeta. Criado por Kevin Systrom (EUA) e Mike Krieger (Brasil), o aplicativo foi lançado em outubro de 2010 com uma proposta simples: compartilhar fotos com filtros retrô. Os anos se passaram, muitas mudanças aconteceram na plataforma e, hoje, ultrapassando 3 bilhões de usuários ativos mensais, tornou-se um dos principais canais de circulação de informação, tendências culturais e debates públicos. No Brasil, já são mais de 140 milhões de usuários, segundo dados da Statista, o que coloca o país em terceiro lugar no ranking dos que mais acessam a plataforma em todo o planeta. 

 

De um simples clique no feed a transmissões ao vivo, a plataforma moldou hábitos de consumo de informação e transformou definitivamente a forma como pessoas, marcas e veículos se relacionam com o público.

 

Segundo o relatório Desigualdades Informativas: Entendendo os caminhos informativos dos brasileiros na internet 2024, do Aláfia Lab, o Instagram foi a principal rede social usada pelos brasileiros para se informar em 2024. O levantamento identificou que 68,8% dos entrevistados apontaram a plataforma como favorita na hora de buscar informações. YouTube e Facebook vêm na sequência, com 55,9% e 43,7%, respectivamente.

 

“Mais do que acompanhar tendências, a plataforma ditou padrões de interação digital e abriu caminho para que novas tecnologias, como a inteligência artificial generativa, passassem a moldar a forma como produzimos e consumimos conteúdo. O Instagram é mais do que uma rede social; é um espelho da forma como consumimos e compartilhamos conhecimento. Em 15 anos, vimos a informação deixar de ser apenas noticiada por veículos tradicionais para ser cocriada por milhões de pessoas, em múltiplos formatos e velocidades”, explica o Palestrante de Inteligência Artificial, especialista em dados e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e autor do livro “Organizações Cognitivas: Alavancando o Poder da IA Generativa e dos Agentes Inteligentes”, Kenneth Corrêa. 

Da informação às compras: os impactos do Instagram

Ao longo dos anos, os usuários encontraram na plataforma um espaço para se informar, se inspirar e ter momentos de lazer de forma ativa. Conforme estudo do Opinion Box, 81% dos usuários compartilham conteúdos do Instagram com outras pessoas e 73% costumam salvar posts para ver depois, demonstrando um alto nível de engajamento.

Ainda segundo o levantamento, o nicho de Viagem e Turismo lidera no ranking do tipo de conteúdo que mais atrai os usuários, com 52% demonstrando interesse nesse tema. Em seguida, temas relacionados à Saúde/Fitness (44%), Gastronomia/Receitas (42%) e Humor (42%) surgem no ranking.

 

“Hoje, o Instagram não só dita tendências culturais, como também influencia comportamento político, consumo e até a forma como nos relacionamos com a verdade. Ao mesmo tempo em que democratiza vozes, ele também expõe o desafio das bolhas informativas e da desinformação,” acrescenta Kenneth Corrêa. O estudo do Opinion Box confirma: 93% dos usuários acessam o Instagram pelo menos uma vez ao dia, sendo que 57% entram várias vezes ao longo do dia e 17% chegam a manter o aplicativo aberto o tempo inteiro. No entanto, com a disseminação rápida de informações nas redes sociais, a preocupação com fake news se tornou uma pauta essencial: 57% dos usuários concordam que há muitas fake news na plataforma.

 

A plataforma também dita o consumo, segundo destaca Thiago Muniz, especialista em vendas, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e CEO da Receita Previsível. “O Instagram transformou a forma como fazemos marketing: ele integra storytelling, dados e comportamento de compra em um único ecossistema. Para empresas de varejo, isso significa criar experiências digitais que não só engajam, mas também guiam o consumidor pela jornada de compra, do primeiro clique até a conversão, com insights que alimentam decisões estratégicas de marketing.” 

 

Os dados do Opinion Box mostram que 82% dos entrevistados seguem pelo menos uma empresa ou marca na plataforma, e 72% dos usuários já compraram algum produto ou contrataram um serviço que descobriram na rede social. “No varejo digital, o Instagram é mais do que engajamento: é uma ponte entre atenção e receita. Reels, stories e anúncios são ferramentas que, quando integradas com análise de dados, permitem mapear a jornada do consumidor, antecipar tendências e transformar interações em resultados tangíveis para a marca”, ressalta Thiago Muniz.

7 impactos do Instagram no consumo de informação

Para marcar os 15 anos do Instagram, reunimos a seguir sete impactos que a rede gerou no ecossistema informativo. Confira!

 

1) Notícias em tempo real: lives e stories transformaram a velocidade da informação: hoje, um acontecimento não é apenas noticiado, ele acontece para o público em tempo real. Essa proximidade cria engajamento imediato, mas também aumenta a responsabilidade: cada clique pode amplificar fatos corretos ou incorretos, e entender essa dinâmica é essencial para marcas e veículos.

 

2) O poder do visual: no Instagram, o visual é protagonista. Imagens e vídeos emocionam antes de explicar, criando conexões instantâneas. O que antes dependia de textos longos agora pode ser comunicado em segundos, tornando a informação mais envolvente e memorável — uma prova de que, no digital, ver é muitas vezes acreditar.

 

3) Hashtags como mobilização: as hashtags funcionam como ferramentas de organização e visibilidade global. Movimentos sociais, causas ambientais e debates políticos utilizam hashtags para criar comunidades de interesse, consolidar narrativas e amplificar vozes que, muitas vezes, não encontrariam espaço nos meios tradicionais, transformando usuários individuais em coautores de processos culturais e sociais.

 

4) A era do efêmero: com os Stories, a urgência passou a ditar o consumo de informação: o conteúdo desaparece, e a atenção precisa ser conquistada a cada segundo. Essa efemeridade mudou a forma de produzir, planejar e narrar histórias, tornando a comunicação mais dinâmica, ágil e focada na relevância imediata.

 

5) Influenciadores como fontes: criadores independentes se tornaram referências confiáveis, disputando espaço com veículos tradicionais. Essa mudança evidencia que autoridade não é mais só institucional: é construída na confiança, autenticidade e proximidade, redefinindo como marcas, jornalistas e públicos interagem.

 

6) Algoritmos e bolhas: a personalização do feed transforma a experiência em relevante e eficiente, mas também cria ecossistemas fechados, onde informações circulam apenas entre quem pensa parecido. Entender essa lógica é chave: marcas e usuários precisam equilibrar relevância com diversidade de perspectivas, para evitar reforçar vieses e polarização. 

 

7) Informação como economia: no Instagram, atenção é moeda. Cada like, share ou save não é apenas engajamento: é um indicador de valor estratégico. O conteúdo deixou de ser neutro e se tornou ativo econômico, integrando informação, marketing e comportamento em um ecossistema digital que recompensa quem sabe capturar e traduzir atenção em experiências significativas.

Impacto cultural, social e político

O Instagram também foi palco de movimentos culturais e sociais de alcance global. Do #BlackLivesMatter ao #EleNão, passando por mobilizações ligadas ao meio ambiente, à saúde e aos direitos das mulheres, a plataforma se consolidou como espaço de articulação política e de visibilidade para pautas que não encontravam espaço em veículos tradicionais.

 

Na música, moda e artes visuais, o Instagram abriu portas para novos artistas independentes alcançarem públicos antes inacessíveis. Hoje, a rede é considerada essencial para estratégias de economia criativa, funcionando como vitrine, meio de difusão e até como ferramenta de monetização para criadores.

5 curiosidades e marcos históricos dos 15 anos do Instagram

 

  • O primeiro post da história do Instagram, feito em 2010 por Systrom, foi a foto de um cachorro.

 

  • Em 2012, o aplicativo foi adquirido pelo Facebook por US$ 1 bilhão — um dos maiores negócios da época no setor de tecnologia.

 

  • Brasil está entre os cinco maiores mercados do Instagram no mundo.

 

  • Stories (2016), Reels (2020) e compras integradas (2020) foram algumas das principais inovações que expandiram o uso da plataforma.

 

  • Em 2019, o Instagram iniciou testes para ocultar o número de curtidas em publicações no Brasil e em outros países, mudando a forma como o engajamento era percebido na rede.

 

“Olhar para os 15 anos do Instagram é perceber que a plataforma foi muito além de tecnologia e entretenimento: ela se tornou um ecossistema de informação, cultura e conexão social. Cada feed, cada algoritmo e cada formato de interação carrega potencial para ampliar vozes, democratizar oportunidades criativas e gerar experiências significativas, mas, como tudo, tem dois lados: também apresenta riscos, como bolhas informativas e desinformação. O desafio para os próximos anos é equilibrar alcance, diversidade e qualidade da informação, usando a tecnologia não apenas para informar, mas para conectar pessoas, gerar empatia e fortalecer narrativas que sejam ao mesmo tempo humanas e responsáveis. É nesse equilíbrio que se mede o impacto real das redes sociais e o futuro de sua contribuição para a construção coletiva do conhecimento”, conclui Kenneth Corrêa.


Kenneth Corrêa é um renomado especialista em Dados, Inteligência Artificial e Metaverso. Professor de MBA na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o profissional tem ajudado a moldar a próxima geração de líderes. Além disso, Kenneth é palestrante internacional TEDx e atua como Diretor de Estratégia da Agência 80 20 Marketing, onde lidera uma equipe de 90 profissionais. Com 15 anos de experiência em marketing e tecnologia, ele desenvolve projetos inovadores para grandes empresas como AEGEA, JBS e Suzano. Recentemente, lançou no MIT (MIT – Massachusetts Institute of Technology) seu primeiro livro internacional, “Organizações Cognitivas – Alavancando o Poder da IA Generativa e dos Agentes Inteligentes”, que explora o impacto da IA nas organizações.