O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Jr., suspendeu temporariamente o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), com o objetivo de reavaliar e revisar benefícios previdenciários e assistenciais, além de reduzir a fila de atendimento. A justificativa apresentada é a falta de recursos financeiros.
Solicitação de recursos
Em ofício encaminhado ao Ministério da Previdência, o presidente do INSS solicitou a suplementação orçamentária no valor de R$ 89.156.165,29 para garantir a continuidade do PGB. O programa previa o pagamento de bônus aos servidores que analisassem um número de requerimentos superior à meta diária estabelecida.
O PGB é um recurso utilizado rotineiramente pelo INSS para diminuir o tempo de espera por benefícios. A versão mais recente do programa estava em vigor desde 15 de abril de 2025. Em agosto, a fila de espera do INSS atingiu 2,6 milhões de brasileiros, conforme dados do Portal da Transparência.
Impacto da suspensão
Com a suspensão do PGB, o INSS determinou que novas tarefas não sejam concluídas por meio da “análise extraordinária”. As demandas pendentes ou em fase de exigência devem retornar à fila comum de processamento de benefícios.
A decisão ocorre em um momento de aumento significativo da fila de espera do INSS. Em dezembro de 2023, mais de 2 milhões de pessoas aguardavam a concessão de benefícios. O número chegou ao pico de 2,7 milhões em março deste ano, e, em agosto, permanecia acima de 2,6 milhões.
O INSS reconheceu a importância do PGB e o esforço dos servidores envolvidos, destacando o impacto positivo do programa na redução do tempo médio de análise dos benefícios. A autarquia informou que está buscando a liberação dos recursos necessários junto aos órgãos competentes para restabelecer o programa o mais breve possível.
O INSS foi contatado para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.
Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Rafa Neddermeyer/Agência Brasil