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14 de outubro de 2025

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Inflação na Argentina cai para 2,1% em setembro

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A inflação na Argentina registrou 2,1% em setembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O dado representa uma leve aceleração em relação aos 1,9% de agosto. O índice acumulado em 12 meses até setembro ficou em 31,8%, inferior aos 33,6% do mês anterior.

Desempenho Setorial

Os setores que apresentaram maior alta em setembro foram habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (3,1%) e educação (3,1%). Transportes (3%), saúde (2,3%) e equipamentos e manutenção do lar (2,2%) também registraram aumentos significativos.

Os dados do Indec indicam um progresso relativo no controle da inflação durante o primeiro ano da gestão do presidente Javier Milei. No entanto, a taxa mensal se estabilizou entre 2% e 3% nos últimos meses, com poucas divulgações abaixo de 2%.

Ajuste Econômico e Crise Política

A Argentina enfrenta um profundo ajuste econômico, implementado por Milei após sua posse em dezembro de 2023. Medidas como a paralisação de obras federais, a interrupção do repasse de recursos para os estados e a retirada de subsídios a tarifas de serviços essenciais resultaram em aumentos consideráveis nos preços ao consumidor. A pobreza atingiu 52,9% da população no primeiro semestre de 2024, caindo para 38,1% (11,3 milhões de pessoas) no segundo semestre, gerando insatisfação e protestos.

Apesar dos desafios, o governo Milei obteve superávits fiscais e recuperou a confiança de investidores. Contudo, uma crise política recente, envolvendo alegações de corrupção contra Karina Milei, secretária-geral da Presidência e irmã do presidente, abalou as expectativas do mercado.

Investigações sobre denúncias de Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional de Discapacidade (Andis), alegam que Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem, subsecretário de Gestão Institucional, teriam cobrado propinas de empresas farmacêuticas.

Busca por Apoio e Acordos Internacionais

Em meio à crise, Javier Milei buscou o apoio de Donald Trump, nos Estados Unidos, para conter a instabilidade nos mercados e no câmbio. O governo americano comprou pesos argentinos e concluiu um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões com a Argentina. Trump também manifestou publicamente seu apoio a Milei em um encontro na Casa Branca.

O governo Milei também alcançou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril, obtendo US$ 20 bilhões em empréstimos, sendo US$ 12 bilhões já disponibilizados. O repasse dos recursos representa um voto de confiança do FMI no programa econômico do presidente.

Para reduzir a inflação e eliminar os controles de capitais, Milei busca manter a taxa mensal abaixo de 2%. Após o acordo com o FMI, o Banco Central da Argentina flexibilizou os controles cambiais, introduzindo o câmbio flutuante.

Em ações recentes, o governo e o Banco Central lançaram medidas monetárias, fiscais e cambiais para injetar dólares na economia, visando fortalecer o cumprimento do acordo com o FMI. O governo também permitiu a utilização de dólares mantidos fora do sistema financeiro e lançou um plano de captação de empréstimos de US$ 2 bilhões com emissões de títulos.