Ilha de Santo Antônio: História de um Presídio em Meio à Natureza Selvagem

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Ilha de Santo Antônio: História de um Presídio em Meio à Natureza Selvagem

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Uma vez, um presídio se erguia onde hoje ouvimos apenas o som das cachoeiras. A Ilha de Santo Antônio, em Porto Velho, já abrigou presos perigosos, isolada e rodeada pela natureza selvagem. Descubra essa história e sua ligação com a misteriosa lenda do tesouro perdido.

Há um século, bem antes da Penitenciária Ênio Pinheiro se tornar o principal presídio de Porto Velho, a Ilha de Santo Antônio era o destino dos que infringiam a lei. Cercada por cachoeiras, escapar dali era uma missão praticamente impossível, dada a força das águas.

A Ilha, onde uma vez ecoavam os gritos dos prisioneiros, agora guarda segredos e lendas, como a do “Curicão”.

Origem e História

Documentos históricos e relatos remontam o início dessa história ao tempo da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, há mais de um século. A prisão foi construída sem muros, pois a natureza já era sua própria barreira intransponível. O historiador Luís Henrique ressalta que, desde a fundação de Porto Velho em 1915, a ilha era conhecida como o principal presídio da região, abrigando criminosos perigosos de várias origens.

Indivíduo preso na cadeia de Santo Antônio em foto de Danna Merrill de 1910. Foto: Reprodução/Acervo Centro de Documentação do Estado de Rondônia

Desativação e Lendas

Nos anos 80, o presídio na ilha foi fechado, substituído pelo mais seguro Ênio Pinheiro. A cachoeira de Santo Antônio, uma vez imponente, desapareceu sob as águas represadas pela hidrelétrica. Hoje, as ruínas do antigo presídio são tudo o que resta, transformadas em sítio arqueológico.

A lenda do “Curicão” persiste na memória daqueles que habitam a região. Diz-se que ele, um preso-garimpeiro, escondeu um tesouro na ilha, um segredo que permanece enterrado até hoje, desafiando os caçadores de fortunas.

Foto: Reprodução/CDH TJRO