O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, alcançou um novo recorde nesta terça-feira (11), ao fechar em alta de 1,21%, atingindo 157.139 pontos. Simultaneamente, o dólar registrou queda de 0,64%, sendo negociado a R$ 5,2731.
A movimentação ocorre em um contexto de atenção dos investidores tanto no cenário doméstico quanto no internacional. No Brasil, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro influenciam as expectativas em relação aos próximos passos da política monetária.
Copom e inflação
A ata do Copom reforçou a confiança do Banco Central na eficácia da taxa Selic em 15% ao ano para controlar a inflação, indicando que a manutenção desse patamar deve ser prolongada. O documento aponta para uma inflação recente mais favorável, impulsionada pela valorização do câmbio e a queda nos preços de commodities e alimentos. No entanto, a demanda aquecida e o mercado de trabalho resiliente continuam a exercer pressão sobre os preços.
O IBGE informou que o IPCA de outubro registrou alta de 0,09%, a menor taxa em 27 anos, desacelerando em relação aos 0,48% de setembro. O resultado ficou próximo à expectativa do mercado (0,10%) e elevou a inflação acumulada no ano para 3,73% e em 12 meses para 4,68%.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a paralisação do governo, que já se estende por 42 dias, pode estar próxima do fim. O Senado aprovou uma medida provisória de financiamento, com apoio de democratas centristas, visando encerrar o impasse.
O Ibovespa já havia apresentado sua 14ª alta consecutiva na véspera, fechando em 155.257 pontos – um novo recorde histórico. O dólar, por sua vez, caiu 0,55%, cotado a R$ 5,307, marcando a quarta valorização seguida do real.
Em Wall Street, os mercados americanos iniciaram a semana em alta, impulsionados pela expectativa de um acordo bipartidário para encerrar a paralisação do governo federal. O S&P 500 avançou 1,54%, o Dow Jones subiu 0,81% e o Nasdaq registrou alta de 2,27%. Na Europa, os principais índices também apresentaram ganhos, refletindo dados positivos de crescimento econômico na zona do euro.










