A HP anunciou nesta terça-feira (25) um plano de reestruturação que prevê a redução de entre 4 mil e 6 mil postos de trabalho até o final de 2028. A medida faz parte de uma estratégia de adoção de inteligência artificial (IA) com o objetivo de aumentar a produtividade e gerar economias anuais de aproximadamente US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,38 bilhões).
O corte representa pouco mais de 10% da força de trabalho global da HP, que conta com cerca de 58 mil funcionários, conforme dados de seu último relatório anual.
Tendência no setor tecnológico
A decisão da HP acompanha uma tendência observada em outras grandes empresas do setor de tecnologia. Google, Microsoft e Amazon, por exemplo, também anunciaram reduções em seus quadros nos últimos dois anos, justificando a necessidade de realocar recursos para projetos de inteligência artificial.
De acordo com analistas, a automação impulsionada pela IA está impactando principalmente funções como atendimento ao cliente, moderação de conteúdo, lançamento de dados e algumas tarefas de programação.
A empresa vem buscando adaptar seu modelo de negócios às mudanças no mercado de computadores pessoais (PCs) e impressoras. O presidente-executivo da HP, Enrique Lores, informou ao Wall Street Journal que a companhia planeja ajustar os preços de seus computadores e buscar novos fornecedores para mitigar os custos associados à computação baseada em IA.
No último trimestre fiscal, a HP registrou um lucro de US$ 795 milhões (aproximadamente R$ 4,3 bilhões), ligeiramente inferior aos US$ 906 milhões (cerca de R$ 4,9 bilhões) reportados no mesmo período do ano anterior. A receita total alcançou US$ 14,6 bilhões (cerca de R$ 78,8 bilhões), superando as expectativas dos analistas, impulsionada pelas vendas de PCs que compensaram a queda na comercialização de impressoras.











