O governo federal extinguiu mais de 44,5 mil cargos públicos considerados obsoletos entre 2023 e 2025, informou a ministra da Gestão, Esther Dweck, em entrevista. Além disso, outros 21,6 mil postos na área da educação, atualmente ocupados, serão fechados à medida que vagarem.
A medida faz parte de um esforço de modernização da máquina pública, eliminando funções criadas em décadas passadas que já não atendem às necessidades atuais. Entre os cargos extintos estão posições como datilógrafo, ascensorista, motorista e auxiliar de enfermagem.
“Temos cargos que foram criados na década de 1970 e que já não fazem mais sentido”, explicou a ministra. “Identificamos postos que não têm concursos há anos e que não serão mais necessários.”
A reforma também incluiu um remanejamento de vagas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Através da realocação de cargos vagos da área da saúde, foi possível abrir novas posições na agência, adaptando-a às demandas atuais.
A estratégia para os 21,6 mil cargos restantes na educação é a “transversalização”, ou seja, a transformação de cargos específicos em funções mais amplas e flexíveis. Essa mudança permitirá que as necessidades do governo sejam atendidas de forma mais eficiente, conforme as vagas forem sendo desocupadas.
Esther Dweck ressaltou que o número de contratações de servidores federais nos últimos anos foi menor do que o número de desligamentos, indicando uma tendência de redução do quadro de pessoal. A expectativa é que essa tendência continue, embora possa haver variações em nível municipal.