A crise hídrica que atinge o Rio Madeira, com a menor cota registrada em décadas, paralisou as operações de navegação no Porto de Porto Velho e impactou diretamente a vida de 128 trabalhadores portuários avulsos (TPAs), que estão sem trabalho há cerca de um mês.
Com a navegação interrompida devido ao baixo nível das águas, os trabalhadores enfrentam dificuldades financeiras. Nesta quarta-feira (9), cestas básicas vão ser distribuídas pela Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seas), em uma tentativa de amenizar os efeitos da paralisação. A distribuição segue até quinta-feira (10).
O diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph), Fernando Parente, pontuou a preocupação com a situação dos TPAs, que têm enfrentado dificuldades com a paralisação das operações.
“Estamos cientes das necessidades urgentes dos trabalhadores. O impacto vai muito além da falta de trabalho, afeta a vida e o sustento de muitas famílias, e a gestão estadual está empenhada em buscar soluções e apoio necessário nesse momento. O que todos esperam é que o rio volte a um nível seguro, permitindo que os trabalhadores possam retomar as atividades e garantir o sustento com dignidade”, ressaltou.
Ações futuras
Segundo a gerente da Proteção Social Especial, Gláucia do Nascimento Prado, o auxílio serve também, para pensar em políticas públicas a longo prazo. “Traçamos o perfil para obter uma estimativa nessas situações de emergência e planejar ações futuras. Conseguimos fazer um levantamento de dados das pessoas prejudicadas com a seca nesse momento”, explicou.
Demanda
De acordo com o operador José Renato de Oliveira Lopes, a diretoria do Sindicato dos TPAs, junto à Soph, levou a demanda para o governo de Rondônia e foram prontamente atendidos, frisando que a ajuda traz a expectativa de retornar com as atividades. “É bom porque está ajudando, mas estamos acostumados a nos manter com o nosso trabalho. E enquanto estiver nessa situação, não temos condições de voltar”.