A menopausa pode trazer diversos desconfortos para a saúde física e emocional das mulheres. Em busca de alternativas para amenizar esses efeitos, o Instituto Federal do Tocantins (IFTO) desenvolve uma goma de mascar fitoterápica à base de extrato de amora.
O projeto, que une inovação, sustentabilidade e conhecimento tradicional, explora as propriedades bioativas da amora, com foco em compostos que atuam de forma semelhante ao estrogênio natural do corpo feminino. A pesquisa é conduzida pela estudante de Ciências Biológicas, Renatta Cardoso da Silva.
De acordo com Renatta, a goma de mascar se diferencia por ser uma opção natural e complementar aos tratamentos convencionais. “Medicamentos hormonais sintéticos podem ter efeitos colaterais, como aumento do risco de trombose e câncer de mama. A amora contém flavonoides com ação estrogênica leve, que imitam o efeito do estrogênio natural sem os mesmos riscos”, explica a pesquisadora.
Os testes de formulação já foram realizados, com resultados positivos em relação à textura, aroma e sabor. A próxima etapa envolve análises físico-químicas e microbiológicas para validar cientificamente o protótipo.
A pesquisa teve início em 2023, por meio de um edital de iniciação científica, e foi aprovada na Chamada Pública “Meninas na Ciência” para apresentação na 16ª Jornada de Iniciação Científica e Extensão (JICE) do IFTO, em 2025.
Para Renatta, o reconhecimento do projeto é um incentivo à presença feminina na ciência. “É gratificante transformar conhecimento científico em algo útil para a comunidade e contribuir para o bem-estar das mulheres que enfrentam a menopausa”, afirma.
A orientadora do estudo, professora Kátia Paulino, destaca o papel dos institutos federais na promoção de pesquisas com impacto social. “Os IFs têm um papel crucial no desenvolvimento de soluções que melhoram a vida das pessoas e promovem inclusão.”
O projeto é desenvolvido no Campus Araguatins do IFTO, em parceria com a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). A coorientação é da professora Lunalva Aurélio Pedroso Sallet, que contribui com a expertise em compostos bioativos e saúde da mulher.
O Campus Araguatins celebra a iniciativa como um exemplo do compromisso institucional com a pesquisa aplicada, a inovação e a formação de mulheres cientistas.











