Uadra Castelhane, acusado de ser mandante de crimes, dirigia Range Rover quando bateu em carro em Porto Velho e foi atendido pela PRF e Samu. Ao G1, Sesau diz que após receber atendimento médico, Uadra pediu para ir embora. Uadra Castelhane, acusado de ser mandante de crimes, dirigia Range Rover quando bateu em carro em Porto Velho e foi atendido pela PRF e Samu
Um foragido da Justiça “desapareceu” do Hospital João Paulo II após receber atendimento médico no último fim de semana em Porto Velho. O caso foi denunciado ao G1 nesta quarta-feira (19).
Segundo boletim de ocorrência que a reportagem teve acesso, Uadra Castelhane, foragido da justiça, conduzia uma Range Rover pela avenida Jorge Teixeira quando colidiu com um carro, após furar o sinal vermelho no cruzamento da avenida Calama.
Com o impacto, a Range Rover de Uadra chegou a capotar. Uma foto feita por testemunhas no local mostra o momento que Uadra fica sentado no asfalto esperando por atendimento médico.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi chamada no local do acidente (para controlar o trânsito e atender o acidente).
Minutos depois, Uadra foi socorrido pela equipe do Samu e encaminhado ao Hospital João Paulo II, mas, após os primeiros atendimento no hospital, ele foi embora da unidade (sem receber voz de prisão).
Uadra é procurado desde 2018 por ser suspeito de liderar o Consórcio do Crime, um grupo que ficou conhecido por decidir sobre divisão de custos e negócios para assassinar moradores da região.
Fugiu do Hospital ?
O G1 entrou em contato com Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) para solicitar informações sobre o paradeiro e um possível “abandono” do paciente do local.
Em resposta, a assessoria da Sesau destacou que “o paciente deu entrada na unidade consciente, andando, orientado, passou pela neurologia e foi encaminhado a ortopedia, mas não quis ficar e foi embora”.
No prontuário, de acordo com a Sesau, o paciente chegou na unidade em prancha rígida do Samu e estava com o colar cervical.
Uadra teria contado sobre a situação do seu acidente de trânsito e, queixou-se de dor em ombro esquerdo e negou perda de consciência, êmese e sem outras queixas.
A Sesau afirma que não podia obrigar o paciente ficar no hospital, pois nenhuma unidade obriga qualquer paciente ficar internado à força.
O que diz a PRF?
A equipe de reportagem da Rede Amazônica entrou em contato com Polícia Rodoviária Federal (PRF) para questionar sobre a situação, já que a guarnição atendeu o acidente e, seguindo os protocolos, os documentos de todos condutores envolvidos em acidentes são registrados e consultados.
A PRF informou que “como existe uma investigação, no momento não pode se manifestar. Ao serem concluídos os autos, poderá haver parecer oficial”.
Fonte: G1 RO