Uma pesquisa realizada em Rondônia está investigando o impacto da polinização por abelhas sem ferrão na produção de açaí (Euterpe oleracea). O projeto, intitulado ‘Produção do açaí integrada a diferentes densidades de colmeias de abelhas sem ferrão, Jataí (Tetragonisca angustula), em Rondônia’, é liderado pelo pesquisador Henrique Silva Sérvio.
A ideia central é descobrir como a quantidade de colmeias da espécie Jataí influencia a produtividade do açaí, a qualidade dos frutos e a saúde das abelhas nativas da região. Os pesquisadores também querem comparar o cultivo de açaí com e sem a presença das colmeias, para medir os efeitos da polinização e identificar as melhores práticas para aumentar a produção.
Uma das expectativas do estudo é desenvolver um método automatizado para determinar o número ideal de colmeias por área de plantação, o que poderia gerar novas tecnologias e até mesmo patentes para o setor.
A pesquisa está sendo financiada pelo Programa de Apoio à Pesquisa e Soluções Inovadoras (PAP), do governo de Rondônia, através da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero), com um investimento de R$ 180.905,00.
A iniciativa é importante tanto para o meio ambiente quanto para a economia local, pois propõe uma forma sustentável de integrar a criação de abelhas sem ferrão aos açaizais de Rondônia. Com a crescente demanda por açaí no Brasil e no mundo, a pesquisa busca fortalecer a agricultura familiar e valorizar a produção local.
O governo de Rondônia, através do governador Marcos Rocha, destaca a importância de investir em pesquisas para o desenvolvimento da fruticultura na região: “O futuro do setor está na união entre conhecimento científico, manejo sustentável e a adoção de tecnologias que aumentem a produtividade e a qualidade dos frutos, garantindo competitividade e preservação dos recursos naturais”.
A Fapero está financiando, por meio do programa PAP Fruticultura, sete projetos que visam fortalecer diferentes cadeias produtivas em Rondônia, incluindo banana, maracujá, açaí, abacaxi, mamão, melancia e acerola.
Com informações do Portal Amazônia











