Um estudante de direito da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) está usando drones para ajudar a proteger a floresta e as comunidades indígenas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. O projeto, chamado Tarëno Enu – que significa “olho do indígena” na língua Tiriyó – já recebeu reconhecimento em premiações nacionais.
Glauber Tiriyó, o estudante indígena do povo Tiriyó, criou a iniciativa em 2023, após um curso de operação de drones. A ideia é combinar o conhecimento tradicional dos mais velhos, que conhecem profundamente a floresta, com a tecnologia moderna para fortalecer a vigilância do território.
“A gente garante a dignidade dos idosos e dos jovens. Os mais velhos conhecem os caminhos da floresta, e os jovens trazem a inovação”, explica Glauber.
Apesar do alto custo dos equipamentos, o projeto já foi finalista do Prêmio Chico Vive e do Bioma Amazônia, e Glauber chegou a apresentar a proposta ao ator Bruno Gagliasso. Atualmente, o Tarëno Enu é finalista do Prêmio Na Prática: Protagonismo Universitário, com a premiação prevista para o dia 3 de maio, em São Paulo.
Além de monitorar a área, Glauber pretende criar um curso de formação de guarda-parques voltado para indígenas, ampliando a capacidade de proteção do território.
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é a maior unidade de conservação de proteção integral do Brasil, com mais de 3,8 milhões de hectares, abrangendo municípios do Amapá e do Pará. A região é conhecida por sua rica biodiversidade e paisagens exuberantes.
Foto: Glauber Tiriyó/Acervo pessoal











