18 de abril de 2024

Fórmula 1: Mariana Becker encerra entrevista após resposta grossa de Mazepin

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Fórmula 1: Mariana Becker encerra entrevista após resposta grossa de Mazepin

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Nikita Mazepin deu uma resposta atravessada à repórter Mariana Becker, do BandSports, após a participação do piloto russo no treino classificatório para o GP da Emilia-Romagna de Fórmula 1, hoje (17), no circuito de Ímola. Ao levar uma resposta curta e atravessada de Mazepin, Mariana agradeceu e desligou o microfone. Porém, antes disso, ela falou “curto e grosso”, ao qualificar a participação do piloto na entrevista. Na sequência, o piloto levou uma “chuva” de críticas da equipe de comentaristas do BandSports.

“Isso demonstra quem ele é”, revoltou-se Reginaldo Leme. “Isso vem de um piloto que não tem um chefe, não tem ninguém para chamar a atenção. Pessoas assim têm muita dificuldade para aprender e evoluir”, concordou Max Wilson.

Mazepin, que corre pela Haas, foi questionado por Mariana sobre um fato que ocorreu no Q1 do treino classificatório, em que ele acabou atrapalhando uma volta rápida do italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo.

No entanto, Mazepin não reconheceu o erro e deu uma resposta ríspida: “Eu acho que eu o ultrapassei”. Minutos antes, Giovinazzi havia dado uma entrevista à mesma repórter, reclamando da atitude do russo.

Na pista, ambos os pilotos haviam lançado sua volta rápida para tentar avançar ao Q2. Mazepin, então, acabou utilizando o vácuo do carro de Giovinazzi para fazer a ultrapassagem e ganhar velocidade, o que é considerada uma atitude antiética entre os pilotos.

Após o treino deste sábado, Mariana Becker e os comentaristas voltaram a falar sobre a atitude de Mazepin. E o piloto foi comparado com outros pilotos jovens e que recebem suporte financeiro da família para ganhar espaço na Fórmula 1.

“O Nikita (Mazepin) ainda pode amadurecer na pista. O Stroll vem em uma crescente lenta, tinha um ar muito blasé no começo, tipo ‘tenho muita grana, não preciso disso tudo’, mas nunca teve uma atitude agressiva. Agora, se for comparar com filhos de ricos, porque também é preciso ser bom piloto para ficar na F-1, dá para falar do Latife. O pai dele é um bilionário, colocou ele dentro da Williams, e o Latife é uma flor de pessoa”, lembrou a repórter.

“Isso tudo só prova mais uma vez que dinheiro e educação não estão necessariamente ligados”, complementou Mariana, esperando ainda que o futuro possa mostrar novos caminhos para Mazepin. “Apesar de eu não ter gostado e de ele ter um retrospecto ruim, a gente pode dar um tempo para ver o que ele pode mostrar.”

Mazepin tem um histórico de polêmicas em sua curta carreira como piloto. Logo depois de ter sua contratação anunciada pela Haas, em 2020, ele publicou um vídeo de assédio -e posteriormente apagado- a uma mulher aparentemente embriagada dentro de um carro. Ele precisou se desculpar diante do ocorrido. Em 2016, ele foi banido por uma corrida da F-2 por dar um soco no britânico Callum Ilott.

Fonte: UOL