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23 de outubro de 2025

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Escassez de chips ameaça produção de carros no Brasil

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Um conflito entre a Holanda e a China pela gestão de uma empresa fabricante de chips está gerando preocupação no setor automotivo brasileiro. A escassez de semicondutores pode levar a novas paralisações na produção de veículos no país, alertam a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e diversas montadoras.

A crise teve início após o governo holandês assumir o controle da Nexperia – empresa de capital chinês – no mês passado, justificando a medida com preocupações relacionadas à propriedade intelectual. Em resposta, a China restringiu a exportação de produtos essenciais para a indústria automotiva, incluindo chips e semicondutores.

Impacto no Brasil

A Anfavea informou que está atenta e preocupada com o risco de paralisação da produção nacional, que pode ser semelhante ao período da pandemia de Covid-19, com fechamento de fábricas, layoff e demissões. A entidade solicitou apoio ao governo federal para mitigar os impactos na indústria, que emprega mais de 1,3 milhão de pessoas no Brasil.

“Arrisca parar montadoras no Brasil. Um veículo moderno usa, em média, de 1 mil a 3 mil chips. Sem esses componentes, as fabricantes não conseguem manter a linha de produção em andamento”, destacou a Anfavea em nota. A associação ressaltou que a falta de semicondutores afeta não apenas o setor automotivo, mas também outros segmentos industriais dependentes desses componentes.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou que o governo brasileiro acompanha os efeitos das interrupções na cadeia global de suprimentos de semicondutores e está em diálogo com a indústria para buscar soluções.

Reações das Montadoras

Montadoras como Hyundai e Renault manifestaram preocupação com a possível escassez de peças. A Renault, que possui fábricas em São José dos Pinhais (PR), estabeleceu uma unidade de monitoramento e mantém contato diário com fornecedores em busca de alternativas. A empresa informou que, por enquanto, o impacto potencial é limitado e os lançamentos atuais não serão afetados, mas que todo o setor permanece em estado de alerta.

A Hyundai, com fábrica em Piracicaba (SP), declarou que está atenta aos acontecimentos internacionais e que, até o momento, não há risco de interrupção da produção local. A Volvo, que produz caminhões e ônibus em Curitiba (PR), Pederneiras (SP) e São José dos Pinhais (PR), disse que monitora a situação de perto e está mapeando a cadeia de fornecedores.

Nissan (Resende, RJ) e Caoa (Anápolis, GO) não comentaram o caso. A reportagem aguarda manifestações de BMW, Stellantis, Honda, Great Wall Motors (GWM), HPE (Mitsubishi e Suzuki), Jaguar Land Rover, Toyota, Volkswagen, BYD e General Motors.

Análise Econômica

O economista Luiz Carlos Laureano da Rosa, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), apontou que a escassez é um problema global e que a paralisação da produção pode levar a demissões. Ele ressaltou a dependência da indústria automotiva brasileira da cadeia de suprimentos global e defendeu a importância de investir na produção nacional de chips e semicondutores para fortalecer a indústria local.

“A indústria automotiva brasileira é terrivelmente suscetível à crise devido à sua dependência da cadeia de suplemento global. Isso pode levar a uma paralisação da produção do país e ter um efeito muito grande para as empresas, com possível desemprego”, avaliou o economista.