Especialistas investigam potencial sensorial de cafés robustas em busca de novas experiências.
Em busca de cafés robustas com perfis sensoriais únicos, um grupo de pesquisadores, baristas e degustadores profissionais se reuniram em Rondônia para explorar as características genéticas desses grãos.
“É hora de redescobrir os cafés que deram origem aos robustas amazônicos, essenciais para a formação dos cafés híbridos”,
afirmou Enrique Alves, pesquisador da Embrapa.
O evento, sediado em Cacoal, capital do café, visa entender o que torna esses acessos genéticos tão especiais.
Foram avaliadas 350 amostras da coleção da Embrapa Rondônia, revelando cafés com perfis sensoriais exóticos, desde notas florais até frutadas.
“Café é para ser apreciado, por isso o sabor é crucial. Os sabores encontrados aqui quebram estereótipos. O futuro da cafeicultura será delicioso”,
destacou Pedro Foster, dono da Fuzz Cafés.
Os Robustas Amazônicos resultam de décadas de evolução, destacando-se na produção nacional pela qualidade da bebida. A região Matas de Rondônia é reconhecida pela primeira Indicação Geográfica para café canéfora sustentável.
Lucas Louzada, do IFES, destaca a inovação na seleção genética e o potencial para os cafeicultores.
“Estamos pensando no futuro da cafeicultura, buscando novas oportunidades”,
afirmou.
Além das avaliações sensoriais, a pesquisa envolve estudos químicos para compreender a relação entre genética e sabor.
Juan Travain, da Caferon, ressalta a importância das descobertas para as escolhas futuras dos produtores.
“É determinante saber quais cafés serão o futuro, para atender às demandas do mercado”,
explicou.
Poliana Perrut, produtora de café robusta amazônico, destaca a diversidade encontrada e o potencial para novas combinações.
“Estamos entusiasmados com as possibilidades que esses materiais oferecem”,
concluiu.