O deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) foi incisivo contra a proposta de Reforma da Previdência Social, apresentada pelo Governo Federal. Na última sexta-feira (15), o parlamentar participou de Audiência Pública, na Câmara de Vereadores de Rolim de Moura, para ampliar as discussões sobre o tema com toda sociedade local, especialmente com a classe trabalhadora.
A realização da audiência é vista pelo deputado como necessária e urgente, frente aos impactos que as mudanças que o Governo Federal está propondo para a Previdência podem causar na vida dos trabalhadores. Lazinho compreende que a proposta, da forma que está indicada, ameaça a classe trabalhadora com a perda de direitos previdenciários conquistados.
“Em razão disso, parabenizo aos vereadores que cumprem seu papel de legislar em defesa do povo. Outras audiências e mobilizações estão programadas em outros municípios, e quero estar participando das demais discussões também”, pontuou Lazinho da Fetagro.
Trabalhadores
O deputado tem se empenhado em aprofundar esse debate e em juntar forças e ações para que não seja retirado nenhum direito dos trabalhadores, conquistados com muita luta. Ele entende e tem afirmado que a reforma é impositiva e danosa para os trabalhadores do campo e da cidade, pois retira seus direitos.
Lazinho contesta a alegação de déficit na Previdência e denuncia que o “rombo” não está relacionado à contribuição do trabalhador, e sim à sonegação de grandes empresas e desvio de recurso feito pelo governo federal.
O posicionamento do parlamentar contrário à reforma, sustenta-se em estudo de especialistas em previdência no país, que contestam a justificativa do governo de déficit no setor. O deputado apresentou análise sob a comparação entre déficit e dívida da previdência, segundo dados obtidos.
“Em 2018, a arrecadação foi de R$ 391 bilhões, os gastos de R$ 586 bilhões e o déficit de R$ 195 bilhões, o equivalente a 7%. As dívidas das empresas em 2008 somaram R$ 176 bilhões e em 2018 chegaram a R$ 476 bilhões, um aumento de 17% ao ano. Portanto, o “rombo” é das empresas e não dos trabalhadores”, afirmou, acrescentando que “o governo federal deve fazer é cobrar e receber a dívida, pois esta cresce mais que o déficit. Então, a previdência não é deficitária”.
Para o deputado, “as ações políticas desse governo servem ao regime da privatização, sendo em benefício dos mais ricos, que não dependem de previdência social para ter uma vida digna ao se aposentar. Essa proposta é um abuso e desrespeito com todos os trabalhadores que mais uma vez podem ser penalizados”, reafirmou o deputado.
Convite
Lazinho convidou a todos para também participarem da audiência pública proposta por ele para ampliar o debate, em nível estadual, com a sociedade civil organizada e o Poder Público, sobre as mudanças propostas na Reforma da Previdência e os impactos na vida dos beneficiários do Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), no dia 5 de abril, às 9 horas, no Plenário da Assembleia Legislativa.
