
Dados da Secretaria de Saúde mostram que foram 181 óbitos até a terça-feira (20). Impactos na nova variante elevaram internações pela doença. Desde o início do ano, o Amapá vive a 2ª onda da doença
Reprodução/RPC
Com 181 novas mortes contabilizadas em 20 dias, o mês de abril, mesmo antes de terminar, já é o 3º com mais óbitos registrados pela Covid-19 no Amapá desde o início da pandemia, estando só atrás de junho (195) e maio (188). Se seguir o ritmo, a média deve ultrapassar nos próximos dias.
Os números são dos boletins diários da evolução da doença publicados pelo governo do Amapá, contabilizando o total de mortes e casos divulgados sempre no último dia de cada mês. No caso de abril, contabilizado até a terça-feira (20).
Necessariamente nem todas as mortes ocorreram neste mês, algumas estavam em investigação, mas passaram a ser contabilizadas em abril.
A presença da variante brasileira P1, segundo governo e prefeituras, fez aumentar o atendimento de pacientes que buscam ajuda médica com sintomas mais graves.
“Não temos dúvida que o implemento da nova variante em janeiro acelerou o processo de contaminação e internação, mas com um contexto diferente. Agora temos um público rapidamente atingido e agravado, passa da fase aguda para a internação”, avaliou Dorinaldo Malafaia, chefe da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
Média móvel de mortes e casos de Covid-19 no Amapá
Mortes e casos de coronavírus nos municípios do estado
Confira a taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI
O Amapá passou nas últimas semanas também por índices de lotação nos leitos de UTI que atingiu os 100%, resultando em mortes de pessoas à espera, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Desde março, o Amapá sofreu ainda com a ameaça de falta de oxigênio medicinal e de medicamentos para manter pacientes intubados.
Dorinaldo Malafaia, chefe da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá
Victor Vidigal/G1
Sobre as vítimas da doença, a SVS classifica que apesar do início da vacinação em janeiro, com foco nos idosos, as infecções e agravantes atingiram outras faixas etárias.
“Temos o mapa epidemiológico que estabelece o seguinte: a variante atingindo um público de 30 a 59 anos. A variante, além de acelerar a internação, atinge um público mais novo. Isso se dá também porque em janeiro iniciamos a vacinação, protegendo uma parte significativa dos idosos”, completou Malafaia.
A expectativa é que os próximos meses não se tornem novos “abril”, a partir da implementação de medidas de contenção, entre elas, a ampliação da vacinação para novas faixas etárias, ampliação da oferta de leitos de UTI e implantação de usinas produtoras de oxigênio.
“Tudo dependerá de vários fatores, a OMS decretou a Covid-19 como doença endêmica, teremos ela a partir de agora no nosso cotidiano. Depende da vacinação ampla, sobretudo de manter medidas de proteção: uso de máscara, medidas de proteção social, elementos que impedem a replicação viral”, finalizou.
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