Ainda não há pistas do paradeiro de Renato Siqueira de Jesus, de 13 anos, e Fabrício Oliveira Barbosa, de 14 anos, que desapareceram em área de mata em Calçoene na quinta-feira (8). Buscas por adolescentes desaparecidos em floresta de Calçoene chega a 8 dias
Após 8 dias de desaparecimento, continuam na manhã desta quinta-feira (15) as buscas por Renato Siqueira de Jesus, de 13 anos e Fabrício Oliveira Barbosa, de 14. Os adolescentes saíram na quinta-feira (7) para apanhar açaí numa área de mata na Zona Rural de Calçoene, município no Norte do Amapá, e não retornaram.
O tempo estava fechado nos últimos dias, o que dificultou as primeiras buscas do Grupo Tático Aéreo (GTA). Na quarta-feira (14) à tarde houve melhora e foi possível sobrevoar a mata, entretanto, a equipe não obteve sucesso na localização dos garotos.
A única pista próxima foi que as equipes de resgate encontraram um cão que estava junto com os garotos e sumiu também com eles. O animal apresentava desnutrição.
Fabrício Oliveira Barbosa e Renato Siqueira de Jesus estão desaparecidos
Reprodução
Segundo Edneide Siqueira de Jesus, de 32 anos, mãe do Renato, os dois meninos estavam à passeio na comunidade Rio Verde e não conheciam a área de mata. Ela informou ainda que apesar do açaizal ficar próximo das casas e ser estreito, ele é extenso em profundidade.
“No dia do ocorrido eu não vi quando o meu filho [Renato] saiu, mas eu vi quando o Fabrício estava se preparando, só que eu pensava que ele ia tirar açaí com os mais velhos porque assim como o meu filho, ele não conhecia a área”, relatou.
Buscas acontecem por adolescentes desaparecidos em Calçoene
CBM/Divulgação
O trabalho conta com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Polícia Militar (PM), Companhia de Operações Especiais (COE), Grupo Tático Aéreo (GTA) e nativos, entretanto, os familiares desesperados pedem a presença de Militares do Exército Brasileiro.
“A cada dia que passa eu perco um pouco das esperanças, porque aqui a gente come todo dia, toma café todo dia, mesmo sendo pouco a gente consegue se alimentar e eles dois lá dentro da mata passando frio, fome, molhados e descalços é uma coisa muito agoniante. Eu queria fazer um apelo para que o exército visse ajudar nas buscas”, desabafou Edneide.
Para chegar na área de buscas são pelo menos 6 quilômetros de caminhada do ponto base da equipe, próximo à BR-156, até o assentamento de onde os adolescentes sumiram.
“É uma área muito grande. A floresta não tem fim. Muitos rios, igarapés e alagados”, detalhou o bombeiro Alexander Costa, que atua no resgate.
Neblina baixa em área de mata dificultou buscas por adolescentes desaparecidos no Amapá
GTA/Divulgação
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