O tradicional festival retorna em formato presencial em outubro, após seis anos de hiato.
Realizado em Guajará-Mirim (RO), o Festival Folclórico da Pérola do Mamoré, popularmente conhecido como “Duelo da Fronteira”, é uma tradição que remonta a 1995. O evento tornou-se um dos mais importantes no panorama cultural de Rondônia, marcado pela animada disputa entre os bois bumbás Flor do Campo e Malhadinho. O festival tem como principal objetivo exibir as ricas tradições culturais indígenas e caboclas através de danças, músicas e lendas.
O nome “Duelo da Fronteira” se dá pelo fato de Guajará-Mirim estar situada às margens do rio Mamoré, que a separa da cidade boliviana de Guayaramerín. A competição entre os bois bumbás tem paralelos com o renomado Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas.
O Boi Malhadinho surgiu em 1986, idealizado pelo casal Leonilso Muniz de Souza e Edilza Mendes de Souza. O objetivo era contribuir para a educação de crianças e adolescentes de uma forma divertida e lúdica. As cores representativas do boi são azul e branco. Já o Boi Flor do Campo foi criado em 1988, tendo o vermelho e branco como cores distintivas. O nome foi trazido do Pará por sua fundadora, a professora Georgina Ramos da Costa.
A última edição do festival ocorreu em 2016, mas sem a característica disputa. Tragicamente, dois dias antes do evento, Márcio Paz Menacho, cantor e musicista de 45 anos do boi bumbá Flor do Campo, foi vítima fatal de um assalto, sendo atingido por um tiro no rosto. Nos anos seguintes, o Duelo da Fronteira não ocorreu, já que os representantes dos bois bumbás alegaram falta de recursos para a realização do festival.
No entanto, em meio à pandemia em 2020, surgiu a proposta de realizar o festival de forma online pela primeira vez. Agora, em 2023, o tão aguardado Duelo da Fronteira está de volta em formato presencial, com a disputa prevista para os dias 13 e 14 de outubro.











