O dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (27) em alta de 0,32%, cotado em R$ 5,3516. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentou queda na última hora do pregão, após ter atingido um novo recorde na véspera, fechando aos 158.555 pontos.
Caged e BC no foco
A sessão registrou um ritmo mais lento, influenciada pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que manteve os mercados americanos fechados. No cenário doméstico, o foco dos investidores esteve nos novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e nas declarações do presidente do Banco Central do Brasil (BC), Gabriel Galípolo.
O Caged de outubro registrou a criação de 85,1 mil vagas formais no Brasil. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 105 mil novas contratações com carteira assinada. Este foi o pior saldo para o mês na série histórica do Novo Caged, que contabiliza dados desde 2020.
Gabriel Galípolo, presidente do BC, afirmou que a instituição manterá os juros brasileiros no nível necessário e pelo tempo adequado para que a inflação se direcione à meta estabelecida. Ele considerou o patamar atual da taxa básica (Selic) em 15% ao ano como restritivo, mas adequado.
Declarações de Haddad e cenário global
As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foram acompanhadas de perto. Haddad comentou sobre a operação da Polícia Federal que atingiu o Grupo Refit, afirmando que organizações criminosas estão enviando recursos para empresas abertas nos Estados Unidos com o objetivo de lavar dinheiro.
Devido ao feriado de Ação de Graças, as bolsas e o mercado de títulos dos Estados Unidos permaneceram fechados. As negociações serão retomadas na sexta-feira (29), em um pregão abreviado com encerramento às 15h, horário de Brasília.
Desempenho do mercado
Dólar:
- Acumulado da semana: -0,91%
- Acumulado do mês: -0,52%
- Acumulado do ano: -13,40%
Ibovespa:
- Acumulado da semana: +2,45%
- Acumulado do mês: +6,03%
- Acumulado do ano: +31,82%
Empregos formais em outubro
A economia brasileira gerou 85,1 mil empregos formais em outubro, conforme divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado foi fruto de 2,27 milhões de contratações e 2,19 milhões de demissões ao longo do mês.
O saldo representa uma queda de 35,3% em comparação com outubro do ano anterior, quando foram criados aproximadamente 131,6 mil empregos com carteira assinada. O país encerrou outubro de 2025 com 48,99 milhões de trabalhadores formais, um número superior aos 48,91 milhões de setembro e aos 47,66 milhões de outubro de 2024.
Apesar de positivo, o saldo de outubro foi o mais fraco para o mês desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020.
De janeiro a outubro de 2025, foram gerados 1,8 milhão de empregos formais, um volume 15,3% menor que o do mesmo período de 2024, quando foram abertas 2,12 milhões de vagas. Este também é o menor resultado para os dez primeiros meses de um ano desde 2023.










