O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (21) em alta, subindo 0,36% às 9h, cotado a R$ 5,3541. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu às 10h.
Fatores Internos e Externos
Após o feriado, investidores brasileiros avaliam fatores tanto domésticos quanto internacionais. A ampliação da lista de produtos brasileiros isentos de tarifas nos Estados Unidos pode impulsionar os ativos locais. No cenário internacional, dados recentes e declarações de autoridades americanas continuam a influenciar as expectativas sobre a política de juros nos EUA.
A redução de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros, como carne bovina, café e cacau, renova as perspectivas positivas para os ativos locais na reabertura dos mercados.
Na véspera, com a ausência de negociação no Brasil, o mercado acompanhou Nova York, onde as bolsas iniciaram em alta após os resultados e projeções otimistas da Nvidia. Contudo, o movimento perdeu força após a divulgação do payroll de setembro.
O relatório indicou a criação de 119 mil vagas fora do setor agrícola, superando as estimativas, o que diminuiu as apostas em um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro.
Expectativas sobre o Fed
O sentimento global pode mudar conforme dirigentes do Fed discursam ao longo do dia. Pelo menos cinco autoridades participarão de eventos, e seus comentários podem influenciar as expectativas do mercado.
Indicadores como o PMI, a confiança do consumidor e as projeções de inflação também estão sob análise, pois podem alterar a avaliação sobre os próximos passos da política monetária dos EUA.
Desempenho do Dólar e Ibovespa
Dólar
- Acumulado da semana: +0,78%
- Acumulado do mês: -0,78%
- Acumulado do ano: -13,62%
Ibovespa
- Acumulado da semana: -1,49%
- Acumulado do mês: +3,91%
- Acumulado do ano: +29,19%
Agenda Econômica
O Indicador de Comércio Exterior (ICOMEX) apontou um superávit de US$ 7 bilhões em outubro, alta de US$ 2,9 bilhões em relação ao mesmo mês de 2023. As exportações cresceram 9,1%, enquanto as importações caíram 0,8%. No acumulado do ano até outubro, o saldo é de US$ 52,4 bilhões, embora represente uma queda de US$ 10,4 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em termos de volume, as exportações aumentaram 11,3% em outubro, enquanto as importações recuaram 2,5%. A queda nos preços exportados foi maior que a das importações, com alta de preços nas compras externas de 1,9% no mês.
A redução do saldo total está relacionada à menor diferença com a China, que caiu de US$ 30,4 bilhões para US$ 24,9 bilhões, e ao aumento do déficit com os EUA, que passou de US$ 1,4 bilhão para US$ 6,8 bilhões. Já a Argentina saiu de déficit de US$ 4,7 bilhões para superávit de US$ 5,1 bilhões, mas isso não compensou as perdas com China e EUA.
Petróleo, minério de ferro e soja lideraram as exportações, com altas de 9%, 29,5% e 42,7% em valor. As commodities cresceram 13,5% em volume no mês, enquanto as não commodities avançaram 6,3%. A indústria extrativa foi destaque, com alta de 21,1% em outubro.
Fluxo Cambial e Ata do Fed
O Banco Central informou que o Brasil registrou uma saída líquida de dólares em novembro até o dia 14, totalizando um fluxo cambial negativo de US$ 3,004 bilhões. Pelo canal financeiro, houve uma saída líquida de US$ 2,536 bilhões, enquanto pelo canal comercial, o saldo foi negativo em US$ 468 milhões.
A ata da última reunião do Fed revelou que os dirigentes estavam divididos sobre a decisão de reduzir os juros, com preocupações sobre a inflação que permanece acima da meta de 2%.







