O dólar opera em leve queda nesta quinta-feira (13). Por volta das 13h45, a moeda norte-americana caía 0,07%, cotada a R$ 5,2831. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuava 0,08%, aos 157.509 pontos.
O cenário internacional volta ao foco dos investidores após o fim da paralisação do governo americano e novas movimentações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. No campo doméstico, as atenções se voltam a indicadores econômicos e ao ambiente político, que seguem influenciando as projeções para os juros e as próximas eleições.
Fim do shutdown nos EUA
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump sancionou o projeto que garante recursos para o funcionamento do governo, encerrando a paralisação de 43 dias — a mais longa da história. Com isso, abre-se espaço para a divulgação de indicadores econômicos atrasados, essenciais para as decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Reunião Brasil-EUA
Em Washington, o chanceler brasileiro Mauro Vieira se reúne nesta quinta com o secretário de Estado, Marco Rubio. O encontro deve tratar das tarifas impostas por Trump sobre produtos brasileiros, como café e carne, que chegaram a 50% e atingem cerca de 60% das exportações desde agosto.
Dados do varejo e Selic
No Brasil, os investidores aguardam os números do comércio varejista de setembro. Caso venham abaixo das projeções, cresce a chance de antecipação no corte de juros. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não indicou quando a autoridade monetária poderá começar o ciclo de cortes da taxa Selic.
Pesquisa eleitoral
A pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje mostra que Lula segue à frente nos cenários de segundo turno para 2026, mas a diferença para Jair Bolsonaro diminuiu: 42% a 39%, ante 46% a 36% em outubro. O levantamento indica também redução da vantagem do presidente sobre outros possíveis adversários.
Desempenho do mercado
Dólar: Acumulado da semana: -0,82%; Acumulado do mês: -1,63%; Acumulado do ano: -14,36%.
Ibovespa: Acumulado da semana: +2,32%; Acumulado do mês: +5,41%; Acumulado do ano: +31,05%.
Pesquisa mensal do comércio
O desempenho do comércio varejista brasileiro em setembro trouxe sinais mistos, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (13). O setor é acompanhado de perto porque ajuda a indicar o ritmo da economia e pode influenciar as expectativas sobre os juros. Em relação a agosto, as vendas do varejo caíram 0,3%, após uma leve alta de 0,1% no mês anterior. Na média dos últimos três meses, houve estabilidade (-0,1%).
Comparado a setembro do ano passado, o setor cresceu 0,8%, registrando a sexta alta seguida. No acumulado de 2023, o avanço é de 1,5%, e nos últimos 12 meses, de 2,1%. No chamado varejo ampliado — que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de alimentos e bebidas — houve alta de 0,2% frente a agosto. Na comparação anual, o crescimento foi de 1,1%, mas no acumulado do ano o resultado ainda é negativo (-0,3%).
Entre os oito segmentos pesquisados, seis tiveram queda na passagem de agosto para setembro: livros e papelaria (-1,6%), roupas e calçados (-1,2%), combustíveis (-0,9%), equipamentos de escritório (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-0,5%) e supermercados (-0,2%). Já artigos farmacêuticos e de perfumaria subiram 1,3%, e outros itens de uso pessoal avançaram 0,5%. Regionalmente, 15 das 27 unidades da federação registraram queda, com destaque para Maranhão (-2,2%) e Roraima (-2,0%). Entre as altas, Tocantins (3,2%) e Amapá (2,9%) lideraram. No varejo ampliado, Tocantins teve forte avanço (11,4%), enquanto Paraná (-1,8%) e São Paulo (-1,6%) ficaram entre as maiores quedas.











