O dólar iniciou a sessão desta terça-feira (30) em queda, recuando 0,23% às 09h05, cotado a R$ 5,3092. A movimentação ocorre em um cenário de atenção dos investidores a indicadores econômicos no Brasil e no exterior, com destaque para a possível paralisação do governo americano e os números do mercado de trabalho.
Risco de paralisação nos EUA
Nos Estados Unidos, a expectativa em torno de um possível shutdown, a partir de amanhã (1º), cresce diante da falta de acordo entre democratas e republicanos sobre o Orçamento. Analistas avaliam que o impacto desta vez pode ser maior, considerando o cenário de fragilidade econômica.
Agenda econômica
Às 11h, serão divulgados os números das ofertas de emprego (Jolts) de agosto, indicador que mede a disposição das empresas em contratar. Mais tarde, às 17h30, será divulgado o relatório de estoques de petróleo bruto da API, com reflexo nos preços da commodity.
No Brasil, após o Caged apontar a criação de 147.358 vagas em agosto – o menor número para o mês desde 2020 –, o IBGE informou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, em linha com as previsões dos economistas.
Também nesta manhã, será conhecido o resultado primário de agosto, com expectativa de déficit de R$ 21 bilhões. Já às 14h30, o Tesouro apresentará o relatório mensal da dívida pública referente ao mesmo período.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Desempenho do mercado:
- Dólar: Acumulado da semana: -0,31%; Acumulado do mês: -1,85%; Acumulado do ano: -13,88%.
- Ibovespa: Acumulado da semana: +0,61%; Acumulado do mês: +3,48%; Acumulado do ano: +21,66%.
Boletim Focus
Os analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação para 2025 e 2026, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC). As projeções recuaram para 4,81% em 2025 e 4,28% em 2026. Para 2027 e 2028, as expectativas permaneceram em 3,90% e 3,70%, respectivamente.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%, e em 2026, em 1,80%. Os economistas mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 15% ao ano para o fim de 2025 e em 12,25% ao ano para o fim de 2026, e 10,50% para 2027.