Entrevistas revelam visões contrastantes sobre projetos de lei e representação da categoria.
As organizações que representam os motoristas de aplicativo apresentam uma diversidade de opiniões sobre a regulamentação da categoria, refletindo diferentes abordagens e prioridades. Essas organizações podem variar de associações informais a sindicatos estabelecidos, cada uma com sua perspectiva sobre as questões em jogo.
Para entender melhor essas divergências, a Agência Brasil conversou com lideranças de São Paulo e Mato Grosso sobre um projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso Nacional. O texto, elaborado em colaboração com sindicatos, governo e empresas, ainda está sujeito a modificações no Congresso.
O presidente do Sindicato de Motoristas de Aplicativo do Estado de São Paulo (Stattesp), Leandro Medeiros, destaca o reconhecimento da categoria e a possibilidade de negociações por meio de acordos coletivos como avanços significativos.
Por outro lado, a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amaps) defende um projeto alternativo apresentado por um deputado do agronegócio de Goiás, Daniel Agrobom (PL). Segundo o presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, o projeto do governo ameaça a autonomia dos motoristas.
Já a presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo de Mato Grosso (Sindmapp), Solimar Menacho, destaca pontos positivos do projeto, como a obrigatoriedade de negociação via acordo coletivo, mas critica a proposta de remuneração por hora.
Em relação a esse ponto, a Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo expressa preocupação com a remuneração por hora, defendendo um modelo que leve em conta variáveis como quilometragem e tempo de espera.
A diversidade de opiniões reflete a complexidade das questões enfrentadas pelos motoristas de aplicativo, incluindo a forma de representação da categoria, modelos de remuneração e direitos trabalhistas.