Um homem foi multado em R$ 10 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatar 1.573 hectares próximos à Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia. A área devastada, que corresponde a 15 km², representa uma grave ameaça ao ecossistema amazônico e equivale a aproximadamente 2.200 campos de futebol.
A autuação ocorreu durante a operação de desintrusão iniciada em 8 de setembro, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Coordenada pela Casa Civil, a ação conta com o apoio do Ibama, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de forças de segurança, visando expulsar ocupantes ilegais e cancelar cadastros rurais irregulares.
Até o último domingo (14), a equipe de fiscalização realizou 25 ações, incluindo patrulhamento aéreo e terrestre, além de notificações aos invasores. A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau abriga 426 indígenas de diferentes povos, distribuídos em 12 aldeias, e também grupos isolados, tornando a proteção do território fundamental.
A operação de desintrusão é crucial para a preservação da Amazônia e a garantia dos direitos dos povos indígenas. O desmatamento na região tem impactos diretos na biodiversidade, no clima e na qualidade de vida das comunidades locais. A multa aplicada ao suspeito representa um esforço para responsabilizar os infratores e coibir a prática de crimes ambientais.
Além da multa, o local foi embargado e uma motosserra utilizada no desmatamento foi apreendida pelas autoridades.











