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09 de novembro de 2025

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Descoberta nova espécie de crustáceo no litoral do Maranhão

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Pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) identificaram uma nova espécie de crustáceo parasita no litoral do estado. O pequeno animal, visível apenas com o auxílio de uma lupa, foi encontrado dentro da cavidade nasal de um barbudinho, peixe bastante comum na região.

A espécie foi batizada de Naricolax zafirae em homenagem à professora Zafira de Almeida, pesquisadora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e referência nos estudos sobre recursos pesqueiros da Amazônia, falecida em 2021.

A descoberta é inédita, sendo o primeiro registro do gênero Naricolax no Oceano Atlântico. Isso amplia o conhecimento sobre a biodiversidade marinha do Maranhão, que se destaca como um importante polo de pesquisa sobre os ecossistemas costeiros da Amazônia Atlântica.

O estudo foi uma colaboração entre a UFMA, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). As pesquisas foram realizadas em áreas de manguezais, dunas e praias com grande variação de maré.

Entendendo a importância da descoberta

De acordo com o professor Jorge Nunes, do curso de Oceanografia e Limnologia da UFMA, a pesquisa buscou investigar partes menos conhecidas da diversidade amazônica. “Inicialmente, o estudo era focado em parasitas de tubarões e raias, mas expandimos o escopo ao perceber a carência de informações sobre a relação entre hospedeiros e parasitas em peixes da região”, explica.

O Maranhão, com sua localização estratégica e diversidade de ambientes costeiros, tem se consolidado como um local importante para estudos sobre biodiversidade e as mudanças ambientais que afetam a região. Pesquisas como essa ajudam a entender o potencial dos ecossistemas locais e seu papel no equilíbrio ambiental da Amazônia.

“A Amazônia é incrivelmente diversa. A relação entre hospedeiros e parasitas, conhecida como coevolução, nos dá uma visão em tempo real da ecologia e da história evolutiva da região”, complementa o professor Jorge.

Mudanças climáticas e a preservação marinha

A descoberta do crustáceo ocorre em um momento de crescente preocupação com as mudanças climáticas, especialmente com a aproximação da COP 30, que será realizada no Pará em novembro. O evento reunirá representantes de diversos países para discutir soluções para a crise climática, e os estudos realizados na Amazônia são cruciais para o debate.

O aquecimento dos oceanos e a acidificação da água representam ameaças à vida marinha, afetando crustáceos, corais e outros organismos importantes para os ecossistemas costeiros. Os pesquisadores ressaltam a importância de continuar investigando como essas mudanças podem impactar a nova espécie descoberta.

“Precisamos monitorar essa espécie ao longo do tempo para entender melhor seu comportamento e sua vulnerabilidade”, afirma Fabiano Paschoal, pesquisador da UERJ.

A preservação dos ecossistemas marinhos exige medidas de proteção, gestão ambiental e educação científica. “Proteger esses ambientes não é tarefa fácil, mas é fundamental para garantir o equilíbrio ambiental e o bem-estar das comunidades que dependem deles”, conclui Jorge Nunes.