06 de fevereiro de 2025

Desabamento em igreja histórica mata jovem e deixa seis feridos

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Acidente em Salvador destaca riscos em patrimônios culturais; governo promete reconstrução

Um desabamento no teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador (BA), matou a jovem Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e deixou seis feridos na tarde desta quarta-feira (5). Equipes da Defesa CivilCorpo de Bombeiros e Polícia Civil seguem no local para investigar as causas do acidente, que chocou moradores e turistas.

O incidente ocorreu durante o dia, quando parte do forro do teto cedeu sem aviso. Além de Giulia, duas mulheres e quatro homens foram socorridos com ferimentos leves. A igreja, construída no século XVIII, é um dos principais pontos turísticos da cidade e recebe milhares de visitantes anualmente.

Como aconteceu o desabamento?

Segundo testemunhas, o teto começou a desmoronar repentinamente, enquanto fiéis e turistas circulavam pelo local. A queda de escombros atingiu diretamente a vítima fatal e provocou pânico entre os presentes.

Câmeras de segurança registraram o momento exato do desastre, que será analisado pela polícia. Especialistas já coletam amostras da estrutura para entender se houve falhas na manutenção do patrimônio histórico.

Reação das autoridades

Ministério da Cultura e o Iphan emitiram uma nota expressando “profundo pesar” pelo acidente. Além disso, afirmaram que estão à disposição para colaborar com as investigações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou: “Estamos tristes com essa tragédia e atuaremos na reconstrução desse lugar sagrado”. Já a ministra Margareth Menezes viajará a Salvador nesta quinta-feira (6) para acompanhar o caso.

Quem é responsável pela igreja?

Ordem Primeira de São Francisco, responsável pela gestão do imóvel, afirmou que segue protocolos de preservação. Em maio de 2023, o Iphan concluiu o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa da igreja.

No entanto, um projeto mais amplo de restauração do edifício estava em fase de elaboração. A falta de manutenção preventiva em estruturas antigas é um problema comum em patrimônios históricos do Brasil.

O que dizem os especialistas?

Engenheiros ouvidos pela reportagem destacam que igrejas seculares exigem inspeções frequentes. “A umidade e o tempo desgastam madeiras e rebocos. Sem monitoramento, o risco de acidentes aumenta”, explica Carlos Almeida, especialista em restauro.

O caso reacende o debate sobre a preservação de prédios históricos no país. Salvador, primeira capital do Brasil, tem mais de 80 edificações tombadas pelo Iphan, muitas em estado crítico.

Ações após o acidente

  • Isolamento do local: A área foi interditada para evitar novos riscos.
  • Socorro às vítimas: Feridos receberam atendimento imediato no local.
  • Investigações: Peritos avaliam se houve negligência na manutenção.

Conclusão

O desabamento na Igreja de São Francisco de Assis expõe a urgência de políticas públicas para proteção de patrimônios culturais. Enquanto a reconstrução é prometida, familiares de Giulia e a comunidade local lamentam uma perda irreparável.