O deputado, o sétimo entrevistado do Amazônia Que Eu Quero, também destacou o zoneamento do estado que foi aprovado pelos deputados estaduais. Deputado Jean Oliveira, de Rondônia
ALE-RO/Divulgação
O deputado estadual Jean Oliveira (MDB), da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), foi entrevistado pela rádio CBN, dentro do projeto Amazônia Que Eu Quero, e destacou o zoneamento do estado que foi aprovado pelos deputados estaduais, mas acabou vetado pelo governo depois de recomendação do Ministério Público de Rondônia (MPRO).
“O Projeto de Lei dessa magnitude dificilmente se constrói a uma mão, isso é construído a várias mãos, a exemplo do próprio executivo com o legislativo. O debate a transparência: isso faz parte de criar um ambiente democrático para deliberar uma matéria de grande relevância como essa”, apontou o deputado.
Para o parlamentar, o zoneamento deve levar em consideração a aptidão agrícola de Rondônia, para que o estado possa suprir todas as necessidades.
“É importante frisar que Rondônia é um estado que tem uma população com aptidão agrícola, então é importante que esteja preparado para trabalhar dentro da aptidão da população que aqui está”, afirmou Oliveira.
Questionado sobre uma de suas falas dentro da audiência pública, sobre o compromisso do estado com a proteção ambiental, social e econômica, o deputado destacou que esses três eixos formam a sustentabilidade.
“Esse tripé, com respeito a economia, o social e o ambiental é que forma a sustentabilidade. O princípio de que nós devemos trabalhar por algo que seja economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto, isso forma a sustentabilidade. O nosso objetivo com relação a isso, nós tivemos no âmbito da Assembleia Legislativa a desafetação de algumas unidades de conservação que estavam antropizadas há 20 anos. Nós não colocamos pessoas dentro da unidade de conservação, importante dizer isso. Desafetou porque não tinha mais remédio para essa unidade de conservação e criou-se outras unidades de conservação, era necessário”, explicou.
O deputado afirmou ainda que para a criação de novas unidades de conservação é necessário que sejam feitos estudos, para que não se tenha impacto social. “Hoje o que nós chamamos atenção é para que a cada criação de uma nova unidade de conservação, por menor que ela seja, que seja feito todo o estudo necessário, para que não tenha impacto social, ou seja, criar uma unidade de conservação em uma área já antropizada, ocupada por pessoas, então é essa nossa preocupação quanto legislador”, finalizou o deputado.
O veto do governo ao zoneamento aprovado pela ALE-RO voltou à Casa para análise. Os parlamentares podem optar por derrubar ou manter o veto do governo ao projeto de lei.
O projeto
A série de entrevistas com os deputados estaduais, sobre a atuação do parlamento e como essa atuação ajuda no desenvolvimento da região Amazônica, faz parte do projeto Amazônia Que Eu Quero, da Fundação Rede Amazônica (FRAM).
