18 de outubro de 2024

Depois de duas manifestações realizadas por parentes de presos, detentos iniciam motim no Urso Branco

Na manhã da última sexta-feira (18), familiares de apenados fizeram o primeiro bloqueio na Estrada da Penal, principal via de acesso aos presídios de Porto Velho. O protesto era contra a suspensão das visitas, devido à outra crise no setor, a operação padrão dos agentes penitenciários, na qual apenas os serviços básicos estavam sendo mantidos.

Na manhã de quinta-feira (24) durante outra manifestação dos parentes de presos, os apenados iniciaram um motim.

No início da movimentação foi possível ver fumaça saindo de um dos pavilhões. Na confusão que se iniciou com a suposta rebelião, chegou a ser noticiado que detentos haviam sido alvejados por disparos de arma de fogo.

A informação, no entanto, foi desmentida, logo após, pelo deputado Estadual Sargento Eyder Brasil (PSL), que esteve no local, tranquilizando familiares dos detentos.

Os rumores de que havia prisioneiros feridos, se deu após a chegada de uma ambulância do SAMU e preocupou os familiares.

Sem baleados

Segundo o Sargento Eyder Brasil “não houve nenhum apenado baleado e a ambulância foi acionada porque um apenado havia passado mal devido à inalação da fumaça”. Os apenados puseram fogo em colchões em alguns pavilhões.  

Com a mobilização de ontem, surgiram rumores de que os detentos dos presídios de Aruana e Urso Panda também podem se amotinar a qualquer momento. 

Gravações

Nas redes sociais e grupos de Whatsapp, imagens de incêndio dentro das celas foram divulgadas. As gravações foram feitas pelos próprios detentos.

No início da tarde, poucas horas depois do início da movimentação de apenados dentro do Urso Branco, o motim foi contido pelo Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape).

 Do lado de fora do presídio, familliares  dos apenados permaneceram no local fazendo protesto, enquanto membros dos Direitos Humanos estavam acompanhado a situação dentro do Urso Branco.

De acordo com o que informou o deputado estadual Eyder, o governador Marcos Rocha vai assinar um decreto, autorizando a Polícia Militar a intervir nos presídios da capital.