Líderes mundiais, chefes de Estado e de Governo se encontram em Belém (PA) entre os dias 6 e 7 de novembro para a Cúpula do Clima. A participação de 143 delegações, representando 198 países signatários de tratados internacionais sobre o tema, já está confirmada.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a Cúpula servirá como um ponto de partida crucial. O objetivo é que os líderes estabeleçam as bases para as negociações que ocorrerão na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), agendada para 10 a 21 de novembro.
Embora reuniões de chefes de Estado tenham integrado as últimas duas COP (Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão), o formato e a localização desse encontro de alto nível podem variar. Marina Silva explica que “se convencionou uma tradição móvel de ser no início, meio ou final das COP. Cada uma delas tem um sentido”.
Cúpula antecipada
Pela primeira vez, o Brasil antecipa a realização desse encontro em relação ao calendário oficial da COP. A mudança, segundo informações, visa otimizar o processo de negociação e dar um impulso inicial às discussões.
A programação da Cúpula inclui uma plenária aberta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se estenderá por dois dias, até o encerramento dos discursos dos líderes inscritos. Além disso, serão realizadas sessões temáticas.
O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Maurício Lyrio, detalhou que a primeira sessão temática, com almoço liderado pelo presidente Lula, abordará o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Outras sessões tratarão de Florestas e Oceanos, transição energética e os 10 anos do Acordo de Paris, além de financiamento climático.
“Todos os líderes terão a possibilidade de fazer um discurso na plenária e, posteriormente, participar de uma ou duas das sessões temáticas. Estamos negociando com cada governo a participação nas sessões, que terão em média 40 líderes”, explica o embaixador Lyrio.
A presidência brasileira da COP promoverá encontros bilaterais a partir do dia 5. Apesar de a lista completa ser divulgada apenas no dia, já se sabe que os Estados Unidos e a Argentina não enviarão delegações à Cúpula.
Segundo Maurício Lyrio, a Cúpula contará com a presença de 57 líderes mundiais. “Por razões de protocolo diplomático e segurança, não divulgamos os nomes antecipadamente, mas teremos uma presença muito significativa de líderes. Sobretudo com a confirmação de 143 delegações, a cúpula será muito representativa da comunidade internacional”.
*Com informações da Agência Brasil











