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23 de outubro de 2025

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Cupins da América do Sul: livro gratuito reúne o que há de mais novo

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Os cupins, frequentemente vistos como pragas, são na verdade insetos sociais com um papel importante nos ecossistemas. Apesar de apenas 3% das espécies causarem problemas em áreas urbanas – e a maioria dessas pragas no Brasil serem de origem estrangeira – existem quase 3 mil espécies conhecidas, com 623 na América do Sul. Eles são mais próximos das baratas do que das formigas, e desempenham funções cruciais, como a ciclagem de nutrientes e a retenção de umidade no solo.

Para reunir o conhecimento mais atualizado sobre esses animais, 58 pesquisadores de diversos países, incluindo o Brasil, elaboraram o livro Cupins da América do Sul, uma obra monumental com 879 páginas. Pelo menos oito dos 29 capítulos foram resultado de pesquisas apoiadas pela FAPESP.

“A ideia era criar uma literatura abrangente sobre a biologia dos cupins, com foco na América do Sul. O livro de referência mais recente, de 2002, tratava apenas dos cupins-praga. Queríamos uma obra acessível para estudantes e pesquisadores”, explica Ives Haifig, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC).

O livro surgiu de um workshop realizado em 2019 e, apesar dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19, foi lançado neste ano durante o VIII Simpósio de Termitologia, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Mais que pragas

A biomassa total de cupins na Terra é comparável à da população humana, o que demonstra a importância de estudar esses insetos. Eles são considerados “engenheiros ecossistêmicos”, pois modificam o ambiente, criando ou alterando habitats para outras espécies.

“Os cupins são os principais decompositores de matéria vegetal no solo e também atuam como reservatórios de carbono, ajudando a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. No entanto, também emitem metano”, explica Alberto Arab, pesquisador da UFABC.

A emissão de metano é parcialmente compensada por microrganismos que o transformam em CO2, um gás menos prejudicial. Além disso, os cupins auxiliam na infiltração da água no solo durante enchentes e na manutenção da umidade em períodos de seca.

Os pesquisadores enfatizam que a maioria das espécies de cupins não são pragas. No Brasil, os problemas são causados por espécies urbanas, trazidas de outros países, que se adaptaram bem ao ambiente urbano devido à falta de predadores naturais e competidores.

Para promover a conscientização sobre a importância dos cupins, os pesquisadores investem em divulgação científica. Tiago Carrijo, outro editor do livro, coordena o projeto Wikitermes, que disponibiliza materiais educativos sobre cupins em seu site e redes sociais.

“Recebemos muitos comentários positivos dos alunos que utilizam nossos materiais. A combinação de teoria e produção constante de conteúdo nos permite comunicar informações de forma eficaz”, destaca Carrijo.

O livro Cupins da América do Sul está disponível para download gratuito.