O coronel Valnir Ferro de Souza, primeiro comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia (PM-RO), morreu nesta segunda-feira (17), aos 76 anos, em Porto Velho. Natural de Guajará-Mirim, ele estava internado para tratamento renal e deixou um legado marcado por operações estratégicas e gestão de crises.
Ferro fez história como o primeiro filho de Rondônia a liderar a PM-RO. Sua carreira começou na extinta Guarda Territorial (GT), base da atual corporação. Além disso, ocupou cargos-chave no governo, incluindo a Secretaria de Estado da Segurança (Sesec).
Da Guarda Territorial ao topo da hierarquia militar
Valnir Ferro ingressou na segurança pública ainda na década de 1970, quando a GT atuava como força de proteção estadual. Sua trajetória é um exemplo de ascensão dentro da hierarquia:
- Começou como praça (posto inicial da carreira militar).
- Assumiu o Comando-Geral da PM-RO em 1991, após a transição da GT para a PM.
- Comandou operações em presídios e contra o crime organizado.
“Ele era um estrategista nato. Sabia equilibrar firmeza e diálogo, especialmente em crises”, destacou um ex-subordinado que preferiu não se identificar.
Legado em operações de impacto e gestão pública
Ferro ganhou destaque ao gerenciar situações críticas, como rebeliões em presídios, e ao combater facções na década de 1990. Sua atuação ajudou a estruturar a PM-RO em seus primeiros anos.
Principais marcas de sua carreira:
- Implementação de técnicas de inteligência no policiamento.
- Mediação de conflitos em unidades prisionais.
- Participação na criação de políticas estaduais de segurança.
Após se aposentar da PM, continuou influente como consultor e em cargos técnicos. Sua experiência era frequentemente requisitada para treinar novas gerações de militares.
Repercussão da morte e homenagens
A notícia do falecimento mobilizou autoridades e colegas de profissão. O governo de Rondônia deve publicar uma nota oficial em breve, segundo fontes próximas.
Seu corpo será velado na sede da PM-RO, com honras militares. O enterro ocorrerá no Cemitério Jardim da Memória, em Porto Velho.
Com informações do SGC