O Madeirão mostra como pensa o militar que agora comanda
uma das mais importantes corporações do Estado

Obediência e humildade. Com essas duas palavras em mente, em 1991, o jovem Gilvander Gregório de Lima, aluno soldado da Polícia Militar de Rondônia, iniciou uma carreira que foi coroada na última semana do mês de agosto, quando foi nomeado Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militares de Rondônia, em cerimônia no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho. Hoje, olhando para trás, o comandante Gregório tem certeza de que sua decisão de pautar sua carreira naquilo que considerava mais certo.
“Precisamos ser obedientes aos princípios e valores, e termos a humildade para reconhecer que sempre há muito a se aprender e a evoluir”, afirma o coronel. Foi baseado nesses princípios que o novo comandante do CBMRO sempre atuou e avaliou a corporação. E hoje, com a responsabilidade de conduzir uma tropa que exerce um dos serviços mais importantes no Estado, o coronel Gregório se diz pronto para continuar o caminho.
“O que temos pela frente é um grande desafio de uma frenética gestão de pessoas, de recursos, de habilidades, buscando inserir conhecimentos e tecnologia para obter melhorias na nossa atividade fim”, explica o coronel. Ele reconhece que a corporação passou por mudanças ao longo do tempo, mas considera que dois itens são fundamentais: a disciplina e a hierarquia.
“Disciplina e hierarquia, unidas, são o caminho para superarmos o desafio da integração de dois momentos da corporação, que seria o nosso passado, mais braçal, com o nosso presente, muito mais tecnológico. Esse que é o desafio a ser enfrentado, e ainda inserir o contexto da sociedade, de seu apoio, e das instituições em geral, como uma espécie de simbiose, fortalecendo, assim, a presença dos Bombeiros Militares no seio da sociedade”.

Pronto emprego

Um dos objetivos do coronel Gregório, agora à frente do CBMRO, é aperfeiçoar ainda mais a tropa. “É exatemente o desafio de fazer com que a corporação tenha o pronto emprego cada vez mais eficiente, acionamento, mais rápido, atendimento fique ainda mais qualificado. Para isso, precisamos de uma tropa ainda mais motivada, treinada, preparada, para atender a esse chamamento da sociedade”, explica o comandante.

Socorro

O coronel é categórico ao dizer que quando a pessoa liga para o 193, não está pedindo um simples conselho: “A pessoa está pedindo socorro. E socorro urgente! E nós precisamos estar prontos para esse momento. Como comandante geral, eu posso contribuir procurando, de uma forma ou de outra, encontrar meios de aquisições de melhores ferramentas, melhores cursos, melhores treinamentos, motivar a tropa com aperfeiçoamento, para que a tropa esteja sempre pronta. O Estado precisa ter essa mão boa e poderosa para atender a sociedade, que tem direito a receber um serviço de qualidade”, arremata.
Em um tempo em que as profissões se tornam cada vez mais voláteis, o coronel faz questão de recordar valores que fundamentam a profissão de Bombeiro Militar, dando um recado principalmente para os mais jovens: “Quem deseja ingressar na carreira militar, deve saber que é um verdadeiro sacerdócio. É uma entrega integral, de dedicação exclusiva. Ao ingressar como bombeiro militar, a pessoa logo percebe que entrou em uma segunda família, que recebeu um chamado, que quando essa pessoa se esmera, com certeza é muito difícil de pensar em deixar essa carreira por uma outra. Quem entrou se apaixona, se encanta, porque não tem preço quando você se vê salvando uma vida, de uma situação de incêndio, de afogamento. Por isso nós fazemos esse trabalho com muito amor e dedicação”, acrescenta o coronel Gilvander Gregório de Lima.

Agradecimentos

Ao assumir o comando do CBMRO, o coronel Gregório se sente agradecido e se expressa como um homem que reconhece o valor da família: “Gratidão DEUS e a esposa Valdirene, filhos Juninho e Gabriela por compartilhar este sonho comigo, a meu pai Osiel e as manas Silvânia e Susana, a Silvia e Célia, todos os meus esteios”, explica o comandante. “Pela confiança, agradeço ao governador Marcos Rocha pela confiança, assim como aos secretários de Segurança, Hélio Pachá, e da Casa Civil, Júnior Gonçalves”, finaliza.