As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto deste ano, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira (30). O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Em contrapartida, um superávit primário é registrado quando as receitas superam as despesas.
O resultado divulgado não considera o pagamento de juros da dívida pública e abrange o governo federal, os estados, os municípios e as empresas estatais. De acordo com o BC, houve uma melhora em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 21,4 bilhões.
Este foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2022, quando um superávit de R$ 10,7 bilhões foi registrado em julho. É importante ressaltar que os valores apresentados não foram ajustados pela inflação.
Entenda o Déficit Primário
O conceito de déficit primário é fundamental para avaliar a saúde fiscal de um país. Diferentemente do resultado nominal, que inclui os juros da dívida, o resultado primário reflete a capacidade do governo de gerar recursos para cobrir suas despesas correntes, como salários, investimentos e programas sociais. Um déficit primário persistente pode levar ao aumento da dívida pública e à necessidade de medidas de ajuste fiscal.
Para mais informações sobre a situação fiscal do Brasil, consulte o site do Banco Central do Brasil e o Ministério da Fazenda.