O consumo final de energia elétrica deve aumentar 28% nos próximos dez anos, de acordo com projeção do Ministério de Minas e Energia, estimando uma taxa média anual de 2,5% entre 2019 e 2029. As informações constam na versão final do Plano Decenal de Energia (PDE) 2029, divulgado nesta terça-feira, 11, em evento na sede do MME, em Brasília. “A intensidade energética se reduz no período, graças à eficiência energética e a mudanças na participação dos setores no consumo de energia”, informou o MME.
De acordo com o PDE 2029, o consumo total de eletricidade deve crescer 11% a mais do que a economia brasileira, registrando uma elasticidade-renda de 1,3 vez no decênio. Entre os derivados, diesel e gasolina continuam como os principais combustíveis, respondendo por quase dois terços do consumo de derivados de petróleo no País. “Cerca de 70% do consumo final de derivados é direcionado para o setor de transportes”, projetou o MME no estudo.
Na análise por setor, o segmento industrial e o setor de transportes, somados, continuam a representar mais de 60% do consumo final de energia. “O setor energético ganha importância no consumo final de energia, influenciado principalmente pelo aumento de produção do pré-sal, aliado ao incremento da produção do setor sucroalcooleiro”, informou o MME.
Gás natural
O PDE 2029 projeta também que o consumo de gás natural no fim do decênio será de 87,6 milhões de m³/dia, o que representa um acréscimo de 10 milhões de m³/dia em relação ao consumo projetado para 2019. Os principais condutores do crescimento da produção de gás natural no pré-sal serão as bacias de Campos e Santos. No pós-sal, estará a bacia Sergipe-Alagoas.
De acordo com o documento, o mercado consumidor de gás natural apresenta expectativa de uma taxa média de crescimento anual de 1,4% para a demanda não-termelétrica entre 2019 e 2029. A projeção de demanda de gás natural para geração de eletricidade aponta para um incremento de 1,3 milhão de m³/dia, em 2029, o que representa um acréscimo de 6,5% em relação ao ano de 2019.
Ainda segundo o levantamento, os investimentos indicativos associados ao Novo Mercado de Gás terão um montante de R$ 43 bilhões, acima dos R$ 18 bilhões considerados no cenário de referência. O PDE prevê ainda distribuição de gás por gasoduto, transporte ferroviário, rodoviário e cabotagem em 2029. A demanda de gás adicional pode chegar a 21 e 24 milhões de metros cúbicos por dia em 2029 com o novo mercado de gás. Fonte: Estadão











