
Resumo
- O youtuber Jon Bringus adaptou uma impressora térmica Epson TM-T88V-DT para rodar Doom, usando papel como monitor.
- A jogabilidade é prejudicada por um lag de quatro segundos e impressões embaralhadas, consumindo rapidamente bobinas térmicas.
- Bringus desenvolveu software personalizado para ajustar brilho e contraste, superando limitações de drivers e aquecimento da cabeça de impressão.
Seguindo a missão de rodar Doom em qualquer dispositivo eletrônico, o youtuber Jon Bringus, do canal Bringus Studios, configurou o jogo numa impressora térmica Epson TM-T88V-DT. Não é que deu certo? O shooter de 1993 foi executado sem problemas.
O hardware da impressora conta com um processador Intel Atom N2800 de 1,86 GHz e 4 GB de memória RAM, rodando originalmente Windows 7. Apesar de, por dentro, ser um computador “normal”, o desafio esteve em fazer uma gameplay por meio dos papéis de impressão no lugar de uma tela.
Como foi a experiência?
A jogabilidade, no entanto, é difícil. A velocidade da impressora para liberar o papel criou um lag de aproximadamente quatro segundos entre o jogador apertar um botão e ação sair no papel. Ou seja, quando um inimigo, por exemplo, finalmente aparecia na impressão, já era tarde para tomar alguma ação.
O youtuber notou ainda que as impressões embaralhavam alguns frames. O processo consome rolos de bobina térmica em questão de minutos, transformando uma partida rápida em metros de lixo.
A versão impressa entra para uma lista extensa de dispositivos improváveis de rodar Doom, como caixas eletrônicos e até mesmo um teste de gravidez digital.
Youtuber adaptou impressora
Para fazer o jogo funcionar, Bringus precisou superar limitações de drivers de vídeo antigos e, principalmente, a física da impressão térmica.
Por causa da arquitetura do processador e a falta de suporte para drivers gráficos (a GPU integrada é baseada na antiga PowerVR), ele precisou garimpar drivers de vídeo da época do Windows Vista no Internet Archive.
Antes de testar Doom nos papéis impressos, ele também conseguiu rodar jogos como Half-Life e Portal 2 conectando um monitor externo à porta VGA da impressora.
Outro desafio era a temperatura. Como o jogo original possui muitas áreas escuras, tentar “imprimir” os frames superaqueceria a cabeça de impressão do aparelho, ativando um sistema de segurança que bloqueia o funcionamento.
Como solução, o youtuber desenvolveu um software personalizado. O programa captura a imagem do jogo e aplica um efeito de dithering, convertendo tons de cinza em padrões de pontos pretos e brancos, além de ajustar o brilho e contraste em tempo real.











