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22 de dezembro de 2025

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Comunidade indígena recebe alevinos para produção de peixe em Boa Vista

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A comunidade indígena Truaru da Cabeceira, em Boa Vista, recebeu alevinos nesta semana através do projeto de piscicultura Moro-Morí, da prefeitura local. A iniciativa busca fortalecer a produção de peixe nas comunidades e oferecer uma alternativa de renda para as famílias.

O projeto abrange todas as 17 comunidades indígenas do município, sendo 13 na região do Baixo São Marcos e 4 na região do Murupu. Na Truaru da Cabeceira, 24 famílias serão beneficiadas com a piscicultura, recebendo capacitação e assistência técnica para garantir o sucesso da criação.

A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), é responsável pela escavação dos tanques, fornecimento de equipamentos para tratamento da água, controle de qualidade, biometria dos peixes e ração durante todo o ciclo de produção. A escavação é realizada no verão, período ideal para a preparação dos tanques.

“O diferencial está na participação direta das comunidades. Fornecemos a ração e os alevinos, promovendo aprendizado e autonomia aos participantes. O objetivo final é que, com o conhecimento adquirido, ampliem a produção e melhorem o acesso ao peixe, especialmente em locais mais distantes dos rios”, explica Ariosto Aparecido, técnico da SMAAI responsável pelas comunidades indígenas.

Alimentação e renda para as famílias

Jucinei de Souza, responsável pelo projeto de piscicultura na Truaru da Cabeceira, destaca a importância da iniciativa para a autossustentabilidade econômica das famílias. “A gente não tem rio próximo para pescar e o projeto de piscicultura feito pela prefeitura só tem trazido benefícios. Podemos fazer peixe cozido, frito, assado e até a damorida, que é uma comida tradicional nossa. Ainda podemos vender e reinvestir na produção, se tornando uma corrente positiva”, afirma.

Petronilia Ângelo, de 66 anos, moradora da comunidade, ressalta a relevância do projeto. “É muito importante para mim e para toda comunidade. Não temos onde pescar, pois nosso terreno é bem pequeno. Então, um projeto desses é maravilhoso. A gente agradece a prefeitura por essa oportunidade”, comenta.

Significado de ‘Moro Morí’ e os resultados já alcançados

O nome ‘Moro Morí’ significa “peixe bom” na língua macuxi. O projeto da prefeitura inclui a escavação de tanques de engorda de 20×150 metros em cada comunidade, além do fornecimento de alevinos, redes de arrasto, balanças, kits de reagentes, bombas e ração.

Cinco comunidades já realizaram a primeira colheita, retirando cerca de 2 toneladas de peixe de cada tanque. Com a expansão do projeto para todas as comunidades, a prefeitura estima uma produção de 40 toneladas de tambaqui a cada dez meses, melhorando a qualidade da alimentação e a renda das famílias envolvidas.

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